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Brasil: Haddad compara Bolsonaro a Oliveira Salazar

Perante jornalistas portugueses, o candidato do PT à presidência do país comparou o seu adversário com o velho ditador português.
Fernando Haddad é o candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Depois da candidatura de Lula da Silva ter sido impugnada, Haddad foi o escolhido pelo PT para as presidenciais. Foi chefe de gabinete da secretaria de finanças do município de São Paulo entre 2001 e 2003. Em 2012 concorreu à Prefeitura de São Paulo, tendo sido eleito no segundo turno, cargo que desempenhou até 2016.
4 Outubro 2018, 17h58

O candidato do Partido dos Trabalhadores no Brasil, Fernando Haddad, comparou o seu adversário à corrida presidencial, Jair Bolsonaro, a António de Oliveira Salazar, antigo chefe do conselho português, catalogado na lista dos anti-democratas mais empedernidos da Europa.

“Acho que os portugueses que conhecem o salazarismo e sabem tudo de ruim que o fascismo traz para o mundo, deviam ficar preocupados com a eleição no Brasil, porque a democracia, com o afastamento da Dilma sem crime de responsabilidade e a prisão injusta do Lula, denunciada pela própria ONU, isso é que deveria preocupar os portugueses”, afirmou Haddad em exclusivo aos jornalistas da TVI, que o acompanharam numa visita a um bairro nos subúrbios do Rio de Janeiro.

Confrontado com os escândalos que envolvem o seu partido e a ele pessoalmente, Haddad tentou desviar o assunto, pondo a tónica no que o PT fez para acabar com a corrupção.

“Todos os escândalos que afetam os partidos nos preocupam, mas vamos continuar a fortalecer, como sempre fizemos, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça”, afirmou. “Sem a legislação que nós criámos, toda a sujeira existente no Brasil continuaria debaixo do tapete. Com a graça do nosso partido, fortalecemos as instituições que estão a ser enfraquecidas hoje pelo governo Temer, fruto de um golpe”, acrescentou aos enviados da TVI.

O Ministério Público brasileiro indiciou o candidato do PT pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de ‘quadrilha’, na sequência de uma investigação da Operação Lava-Jato.

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