O carro que transportava o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, foi apanhado a circular a 160 quilómetros por hora (km/h) numa estrada nacional e depois a 200 km/h na autoestrada A2 Sul, revelou a TVI que apanhou estas altas velocidades em filmagens.
O ministro seguia num BMW Série 5 de 2021, com um motor de combustão interna e não o carro elétrico em que costuma surgir em várias deslocações em Lisboa, na estrada nacional entre Beja e depois na autoestrada A2 Sul, depois de um evento em Aljustrel.
O Código da Estrada indica que o limite máximo permitido nas estradas nacionais (EN) é de 90 km/h, e o carro do ministro circulava a 160 km/h, uma velocidade superior em 70 km/h. Este excesso de velocidade significa uma contraordenação muito grave, o que significa que a coima pode ir dos 300 aos 1.500 euros e o condutor perde quatro pontos, podendo ter a carta apreendida entre dois meses e dois anos.
De acordo com a TVI, quando o carro do ministro entrou na A2 a velocidade aumentou para 200 quilómetros horários durante parte do percurso. Aqui trata-se de uma diferença de 80 km/h, significando novamente uma contraordenação muito grave, uma coima de 500 a 2.500 euros e a perda de quatro pontos na carta de condução.
A publicação do canal televisivo, que apanhou imagens do motorista do ministro do Ambiente e da Ação Climática a realizar as infrações, adianta que após uma hora a infringir o Código da Estrada é que o condutor ligou as luzes para indicar marcha de urgência sem justificação.
As contraordenações aconteceram no regresso de Matos Fernandes a Lisboa, depois do ministro ter marcado presença no evento que assinalou a reabilitação da Estação de Tratamento de Águas do Roxo, em Aljustrel.
De relembrar que esta não é a primeira vez que um carro oficial do Governo é apanhado em excesso de velocidade. No passado dia 18 de junho, o carro que transportava o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, atropelou mortalmente uma pessoa quando circulava na A6 a caminho de Lisboa a 200 km/h.
“Não tenho qualquer memória de os factos relatados terem sucedido. Se forem verdade, não deveriam ter acontecido e nunca deles me apercebi. Reconheço que, por vezes, e com a sinalização de emergência ligada, sei que os limites de velocidade são ultrapassados, apenas por razões de trabalho e para não chegar tarde a compromissos profissionais (…). Comprometo-me a estar mais atento em situações futuras”, disse o ministro do Ambiente quando confrontando pela “TVI” sobre estas velocidades excessivas.
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