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Centros comerciais exigem abrir ao mesmo tempo que comércio de rua

Os centros comerciais, que empregam mais de 100 mil trabalhadores, dizem que estão preparados para cumprir as “normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social”.
28 Abril 2020, 12h50

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) exige que, no final do Estado de Emergência, a reabertura de restaurantes, cabeleireiros e outros comércios deve aplicar-se também aos centros comerciais.

Em comunicado enviado, esta terça-feira às redações, a associação que representa o setor em Portugal explica que a reabertura parcial destes espaços seria “uma contradição” e que poderia causar “um dano adicional para os lojistas” ao não serem autorizados a abrir quando as mesmas actividades fora dos centros comerciais retomarem a sua atividade.

“Distinguir os comércios pelo facto de terem uma porta aberta para a rua, pela razão de se evitarem aglomerados de pessoas, constitui um acto discriminatório e sem fundamento, uma vez que no interior dos centros comerciais as normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social são cumpridas e supervisionadas por equipas especializadas a todo o instante”, defende António Sampaio de Mattos, Presidente da APCC, sublinhando o “contributo fundamental” que os centros comerciais, responsáveis por mais de 100 mil postos de trabalho, podem dar para a retoma da economia.

A APCC recorda que os centros comerciais se têm mantido em funcionamento durante o estado de emergência, assegurando às populações o abastecimento de bens de primeira necessidade e os serviços considerados essenciais pelo Governo, garantindo o cumprimento das regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção Geral da Saúde. Nomeadamente, desde o dia 16 de março, os centros comerciais controlam e limitam a ocupação da área destinada ao público.

“Os centros comerciais continuaram a funcionar durante o estado de emergência, garantindo o acesso aos comércios considerados essenciais pelo Governo, providenciando todas as condições de saúde e segurança a colaboradores e visitantes. Estes e os seus lojistas estão preparados para retomar a normalidade da operação em segurança e em simultâneo com o que acontecer nos restantes sectores da economia”, conclui o responsável.

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