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CGD: “Gestão de risco foi contrabalançada com políticas comerciais mais agressivas”, diz autora do relatório da EY

Auditores da EY estão a ser ouvidos na comissão parlamentar de inquérito criada após a divulgação de documento que concluiu por perdas de 1.647 milhões de euros em 186 operações de crédito que acabaram por se revelar ruinosas.
26 Março 2019, 16h35

A autora da auditoria da EY à Caixa Geral de Depósitos, Florbela Lima, revelou nesta terça-feira aos deputados da comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos que “conselhos de crédito e conselhos alargados de crédito tinham autonomia e poderes para tomar decisões de crédito”.

“Entre 2001 e 2003, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) implementou medidas em termos de gestão de risco que foram consideradas inovadoras, mas posteriormente a gestão de risco foi contrabalançada com políticas comerciais mais agressivas que fez com que aquelas medidas assumissem um papel menos preponderante nas decisões de concessão de crédito”, revelou Florbela Lima, uma das responsáveis pelo relatório de auditoria da EY à gestão da Caixa entre 2000 e 2015, na primeira audição da II Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e à Gestão do Banco.

“Os conselhos de crédito e conselhos alargados de crédito tinham autonomia e poderes para tomar decisões de crédito”, explicou a responsável da EY na audição que está a realizar-se na tarde desta terça-feira, 26 de março, na nova CPI à Caixa, criada após a divulgação daquele documento que concluiu por perdas de 1.647 milhões de euros em 186 operações de crédito que acabaram por se revelar ruinosas.

É sobre estes resultados que a nova CPI  está hoje a ouvir os três responsáveis da auditoria da EY,  a entidade que marca o arranque dos trabalhos no Parlamento para apuramento de responsabilidades nas práticas de concessão de crédito da CGD ao longo de 15 anos, com a audição aos autores do relatório da EY, Florbela Lima, António Garcia e Tiago Silva.

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