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Chega considera existir falta de fiscalização do PRR na Madeira

O Chega defendeu que a República não está a fiscalizar as verbas do PRR, na Madeira, acusando o executivo nacional de se “esconder atrás da desculpa” de que a Região já tem uma comissão de acompanhamento do PRR.
7 Fevereiro 2025, 15h36

O deputado do Chega Madeira eleito à Assembleia da República, Francisco Gomes, considera existir falta de fiscalização, pela República, das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que vão para a Madeira.

O parlamentar falava na Comissão de Acompanhamento do PRR onde foi feita uma audição de urgência ao Ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro de Almeida.

O deputado do Chega deu conta de dois projetos que não estão a ser cumpridos pelo Governo da República, referindo-se aos 25 milhões de euros, de dois ferries elétricos para o transporte de passageiros e veículos, nos Açores, e os 14 milhões de euros de um navio para investigação científica, na Madeira.

Francisco Gomes criticou os dois projetos dizendo que o projeto dos Açores teve três concursos, “nenhum dos quais tinha garantido a sua execução”, e quanto ao projeto na Madeira disse que se tratava de um exemplo da “lógica distorcida” do Governo Regional que promove uma obra que está “desligada dos verdadeiros interesses e prioridades” da população.

“Estamos a falar de uma região atlântica sem ligação marítima ao continente, com uma frota pesqueira degradada, com o hospital sem medicamentos e um dos índices de pobreza mais altos do país. As prioridades? Navios científicos de 14 milhões, campos de golfe de 20 milhões e pontes aéreas de 1,6 milhões”, disse o deputado Francisco Gomes.

O deputado da força partidária defendeu que a República não está a fiscalizar as verbas do PRR, na Madeira, acusando o executivo nacional de se “esconder atrás da desculpa” de que a Região já tem uma comissão de acompanhamento do PRR. Mas para Francisco Gomes, a imparcialidade da Comissão, na Região, “está comprometida devido à proximidade excessiva que tem quanto à entidade que deveria fiscalizar, que é o Governo Regional”.

O deputado do Chega diz que “quinze das onze pessoas que formam a comissão de acompanhamento do PRR na Madeira são, direta ou indiretamente, nomeadas pelo Governo Regional. Isto não é fiscalização. Isto é brincar à política, isto é fingir, isto é meter a raposa dentro do galinheiro e dizer que tudo está bem assim. Não está. Não está, mesmo”.

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