Portugal é o país mais afetado por ciberataques semanais em empresas quando comparado com Espanha. O mais recente “CyberTrends Ibéria 2024” da Check Point indica que as empresas da Península Ibérica reportaram uma média de 1.730 ataques informáticos em termos semanais.
O nosso país foi também o mais afetado, com 85% dos ciberataques a chegarem por correio eletrónico, sendo este o tipo de vulnerabilidade mais comum em toda a Península Ibérica, afetando 65% das organizações.
O malware predominante na região ibérica é o AgentTesla, ao lado de botnets e infostealers. O estudo indica ainda que 3,5% das organizações são afetadas semanalmente por ransomware, um valor ligeiramente inferior à média global, que atualmente se situa nos 3,7%.
O tipo de malware com maior impacto na Península Ibérica é o botnet, com 10% das organizações afetadas, percentagem superior à média global de 9,2%.
“A cibersegurança tornou-se um desafio inevitável na era digital, onde instituições, empresas e indivíduos enfrentam uma complexidade e intensidade sem precedentes nos ataques cibernéticos. Neste panorama, a Check Point Software mantém o seu compromisso de salvaguardar a integridade das empresas, dos indivíduos e das sociedades que as compõem. Perante problemas complexos, não existem soluções simples”, aponta Rui Duro, country manager da Check Point Software Portugal
A Península Ibérica vê alguma disparidade no que refere aos setores económicos mais afetados. Em Portugal observou-se nos últimos anos ao aumento de ataques no setor da saúde, enquanto Espanha viu um aumento no setor da Administração Pública/Defesa.
Também a educação/investigação aporta um elevado número de ciberataques na Península Ibérica.
O relatório da Check Point dá conta que os Governos devem adotar uma política robusta de cibersegurança, por forma a evitarem perdas de dados e malwares.
“Os Governos necessitam de soluções de segurança integrais que abranjam múltiplos domínios, identifiquem ativos críticos, avaliem riscos, integrem soluções na infraestrutura existente, gerenciem orçamentos e cumpram com regulamentos. A formação dos utilizadores e a avaliação contínua da segurança também são essenciais”, sustenta o estudo CyberTrends da empresa.
As várias ferramentas criadas com auxílio da Inteligência Artificial (IA) têm facilitado novos ataques, reportando-se um aumento de 38% desde 2022.
“Ferramentas de IA generativa foram utilizadas para criar malware e táticas de engenharia social que, em períodos de alta intensidade eleitoral como o deste ano, representam um grande desafio porque podem minar processos democráticos”, sustenta o relatório da Check Point.
Os deepfakes estão entre os mais utilizados para reproduzir mensagens falsas, uma vez que oferecem a possibilidade de substituir rostos e imitar vozes, sendo muitas vezes confundidos com líderes empresariais e políticos. Na visão da Check Point estes deepfakes destabilizam democracias e minam a confiança pública.
“Também as empresas de todas as dimensões continuam a ser alvo prioritário dos ataques. A digitalização cresce de forma significativa e esta tendência amplia o potencial campo das ameaças. 65% das empresas destinarão nove de cada 100 euros dos seus orçamentos de TI para cibersegurança e inteligência artificial generativa, um investimento que reflete o rápido desenvolvimento de iniciativas digitais”, lê-se no report.
Perante as ameaças e avanços tecnológicos, 76% das empresas estão preocupadas com o aumento dos ciberataques, especialmente em redes com base em cloud, onde 58% das companhias planeia armazenar mais de metade da sua carga de trabalho e onde os ataques duplicaram num espaço de dois anos.
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