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Circulação do dinheiro em risco.”Daqui a 24 horas as empresas de transportes de valores poderão paralisar”, disse Rogério Alves

O presidente da Associação de Empresas de Segurança apela ao governo para incluir o transporte de valores nos serviços mínimos de forma a evitar a secagem do circuito de dinheiro. Algumas empresas de transporte de valores já paralisaram, revelou Rogério Alves.
Rogério Alves
17 Abril 2019, 20h40

Rogério Alves, presidente da Associação de Empresas de Segurança (AES) revelou que a circulação do dinheiro poderá estar em risco de ficar paralisada nas próximas vinte e quatro horas. Em declarações ao Jornal Económico, o advogado assumiu que a situação das empresas de transportes de valores (ETV) “está à beira de se tornar preocupante e caótica” por causa da greve dos motoristas de matérias perigosas.

Por isso, Rogério Alves, disse que a AES se prepara para enviar um comunicado à comunicação social para “chamar à atenção do governo para salvaguardar este setor e, a bem da vida dos cidadãos, incluir o transporte de valores nos seriços mínimos”.

O presidente da AES disse ainda que “o setor da circulação do dinheiro é fundamental para a economia e que o cenário da privação do dinheiro é próximo do aterrador”.

Isto porque, explicou, algumas ETV têm depósitos de combustível próprios e, nalguns casos, estes terão de ser reabastecidos nas próximas vinte e quatro horas. Casos há também, disse Rogério Alves, de ETV que já se encontram paralisadas, não podendo assim fazer a circulação de valores.

Esta situação é pode pôr em causa o “abastecimento das caixas de multibanco” e pode originar a “acumulação de numerário nas grandes superfícies comerciais”, explicou Rogério Alves. O movimento das ETV de e para os bancos e para o Banco de Portugal também poderá ficar em causa.

“A secagem do circuito de dinheiro é uma situação muito grave no fim-de-semana, período em que as pessoas fazem mais compras que o habitual”, ainda para mais durante a Páscoa, “uma época de férias e festiva”.

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