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Corrida à bomba. Falta de combustível afeta quase todos os postos em Portugal

Apesar dos serviços mínimos decretados para este greve, o incumprimento dos mesmos levou a que quase todos os postos em Portugal não tenham ou gasóleo ou gasolina. Em apenas 48 horas, a greve dos camionistas lançou o caos no país.
17 Abril 2019, 08h10

48 horas depois do início da greve dos camionistas que transportam matérias perigosas, metade dos postos de Portugal já não têm qualquer tipo de combustível.

No total de 3.000 postos de abastecimento em Portugal,existem 2.776 postos onde não existe, pelo menos, um dos dois tipos de combustível: ou gasolina ou gasóleo. A falta de gasóleo afeta cerca de 1.500 postos de combustível. Já a falta de gasolina afeta quase 300 postos. Na totalidade, não existe qualquer tipo de combustível em 930 postos de abastecimento.

Os dados são avançados pela plataforma Já Não Dá para Abastecer e foram recolhidas na manhã desta quarta-feira, 17 de abril.

A greve dos cerca de 800 camionistas que transportam matérias perigosas, como combustíveis, está a paralisar totalmente o país.

O Governo decretou ao final de terça-feira o estado de alerta de proteção civil, mobilizando inclusive militares. Todos os camionistas de pesados ficam habilitados temporariamente a conduzir camiões cisterna que transportam combustíveis.

Ao início da noite de terça-feira, saiu de Aveiras de Cima – do parque de armazenagem de combustíveis -, um comboio com oito camiões cisterna rumo ao aeroporto de Lisboa, com esta coluna a ser escoltada pela GNR. Cada um destes camiões cisterna tem capacidade para 35 mil toneladas de combustível.

A situação de alerta declarada pelo Governo estipula o cumprimento de serviços mínimos pelos grevistas: “Abastecimento de combustíveis aos hospitais, bases aéreas, bombeiros, portos e aeroportos, nas mesmas condições em que o devem assegurar em dias em que não haja greve”.

O despacho também estipula o “abastecimento de combustíveis aos postos de abastecimento da Grande Lisboa e do Grande Porto, tendo por referência 40 % das operações asseguradas em dias em que não haja greve”.

  • Notícia atualizada às 09:22 com nova informação
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