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Corte nos juros deixa poucos depósitos com retornos acima da inflação

Os bancos têm vindo a ajustar em baixa a remuneração das aplicações a prazo, antecipando o corte de juros do BCE. Apesar de a inflação esperada este ano ser inferior, obter um retorno real num depósito é cada vez mais difícil.
26 Abril 2024, 13h24

Os Certificados de Aforro roubaram o protagonismo dos depósitos a prazo na primeira metade do ano passado, mas desde o corte nas taxas que perderam atratividade junto das famílias portuguesas. As aplicações comercializadas pelos bancos voltaram a conquistar poupanças à boleia das taxas atrativas que, entretanto, estão a deixar de o ser. Os juros têm vindo a encolher e deverão continuar a descer nos próximos meses, dado o esperado corte de taxas por parte do Banco Central Europeu (BCE). Conseguir um retorno real, acima da inflação, é um desafio e vai sê-lo ainda mais daqui em diante.

Os bancos, que automaticamente refletiram nos juros do crédito à habitação a subida das taxas do BCE, foram lentos no aumento dos juros dos depósitos a prazo. Acabaram por subi-los, também em reação à concorrência dos produtos do Estado, mas a taxa média apenas chegou aos 3,1% em dezembro de 2023. Desde então, a tendência tem sido de descida dos juros oferecidos neste que é o principal produto de poupança dos portugueses. De acordo com dados do Banco de Portugal, a taxa média caiu para 2,92% em janeiro, voltou a ceder para 2,81% em fevereiro e deverá continuar a baixar.

Essa descida é percetível através da consulta dos sites e preçários de taxas de juro das várias instituições financeiras no mercado nacional. O Jornal Económico (JE) consultou a melhor oferta de um total de 16 bancos, considerando as propostas mais rentáveis a seis e 12 meses para aplicações com um investimento mínimo de, no máximo, 5.000 euros. No prazo mais curto, a 180 dias, são várias as ofertas entre os 3% e os 4%, neste caso pagos tanto pelo Banco BAI como pelo EuroBic, mas a 12 meses são cada vez mais raras as propostas acima da fasquia dos 3%, sendo a média das ofertas de pouco mais de 2,3%.

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