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Covid-19: Nova variante pode reduzir significativamente eficácia das vacinas

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) alertou para que a nova variante da Covid-19 oriunda na África do Sul possa reduzir significativamente a eficácia das vacinas.
Tiago Petinga/Lusa
26 Novembro 2021, 21h32

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) alertou para que a nova variante do vírus SARS-CoV-2 oriundo da África do Sul suscita “sérias preocupações de que possa reduzir significativamente a eficácia das vacinas e aumentar o risco de reinfeções”.

Num comunicado sobre a avaliação da ameaça da variante B.1.1.529 da SARS-CoV-2-Omicron, e com base na informação genética atualmente disponível, o ECDC diz que a nova variante detetada na África Austral é a mais divergente (em relação ao vírus original) detetada até hoje.

A diretora da ECDC, Andrea Ammon, disse citada no comunicado que há ainda muitas incertezas em relação à transmissibilidade, eficácia das vacinas ou risco de reinfeções, e pede proatividade na implementação de medidas para “ganhar tempo” até haver mais informação.

Já antes, a Organização Mundial de Saúde dizia em comunicado que a nova estirpe foi ainda considerada uma “variante de preocupação” por ter “um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes”.

Os responsáveis daquela organização explicam que “a situação epidemiológica na África do Sul foi caracterizada por três picos distintos nos casos relatados, o último dos quais foi predominantemente a variante Delta”, sendo que “nas últimas semanas, as infecções aumentaram abruptamente, coincidindo com a deteção da variante B.1.1.529”. O primeiro caso confirmado foi registado a 9 de novembro de 2021.

Tal como já tinha sido indicado pelas autoridades de saúde da África do Sul, esta nova variante registou “um grande número de mutações” algo que é considerado como “preocupante”.

Segundo a OMS, as “evidências preliminares sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante” comparativamente às restantes já em circulação — Alfa, Beta, Gamma e Delta.

O parecer da OMS surge momentos depois da União Europeia ter decidido suspender todos os voos da África do Sul, Namíbia, Lesoto, Essuatíni, Zimbabué, Moçambique e Botswana. A decisão foi tomada depois de ter sido confirmado o primeiro caso desta variante esta tarde. Trata-se de uma mulher da Bélgica que regressou de viagem do Egito, com passagem pela Turquia, e que começou a apresentar sintomas onze dias depois de ter viajado. Em Portugal, ainda não há nenhum caso confirmado.

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