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Covid-19: principais indicadores nacionais estão todos no vermelho

O relatório da DGS e do INSA coloca em alerta todos os indicadores da evolução da pandemia em Portugal. Para já, é a variante Delta que domina o território, sem que haja vestígios da Omicron sul-africana.
26 Novembro 2021, 22h04

O mais recente relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) com a monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19, o 35º., refere que “o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 298 casos, com tendência fortemente crescente a nível nacional”.

O relatório especifica que “no grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, o número de novos casos de infeção por Covid-19, por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 211 casos, com tendência fortemente crescente a nível nacional”.

Por outro lado, diz ainda o novo relatório, “o R(t) apresenta valor igual ou superior a 1, indicando uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,19) e em todas as regiões”. A manter-se esta taxa de crescimento a nível nacional, estima-se, diz a DGS, “que o limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes possa ser ultrapassado em menos de 15 dias”.

Entretanto, o número de casos de Covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) no continente “revelou uma tendência fortemente crescente, correspondendo a 40% (na semana anterior foi de 28%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 4,7% (na semana anterior foi de 4,3%), “encontrando-se acima do limiar definido de 4%. Observou-se um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”.

“A proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 2,6% (na semana passada foi de 2,8%), mantendo-se abaixo do limiar de 10%”, especifica o documento.

Nos últimos sete dias, 88% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 “foram isolados em menos de 24 horas após a notificação (na semana passada foi de 96%) e, no mesmo período, foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 81% dos casos”.

O comunicado oficial especifica, por outro lado, que “a variante Delta (B.1.617.2) é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados na semana 45/2021 (8 a 14 de novembro) em Portugal. Até à data, não foram detetados casos da nova linhagem Omicron B.1.1.529”.

A mortalidade específica por Covid-19 (15,5 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes) apresenta uma tendência crescente. “Esta taxa de mortalidade revela um impacto moderado da pandemia na mortalidade”.

Finalmente, a “a análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade elevada, com tendência fortemente crescente a nível nacional. A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são ainda moderados, mas com tendência crescente”.

Quanto à emergência de uma nova linhagem (B.1.1.529), com elevado número de mutações de interesse e, com aparente disseminação na África do Sul nas últimas semanas, “suporta a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal, até serem conhecidas mais informações.

 

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