Da privatização da TAP ao novo aeroporto, esta é a herança para António Costa nas Infraestruturas

João Galamba saiu da secretaria do Ambiente e Energia e subiu ao Ministério das Infraestruturas no início deste ano mas mantiveram-se em aberto uma série de dossiers que prometem ser de difícil gestão, sobretudo num cenário de eleições antecipadas.

Depois da (segunda) demissão de Galamba, o primeiro-ministro demissionário, António Costa, herda temporariamente a pasta. Segundo a Presidência da República, o ministro não vai ser substituído até à entrada de um novo Governo.

Mas esta pasta tem temas quentes em cima da mesa, enquanto têm vindo a ser resolvidos.

O que está em cima da mesa?

Depois de herdar a TAP, João Galamba passa o mesmo tema ao próximo ministro mas com um ângulo diferente. Resolvido o tema da polémica indemnização a Alexandra Reis, as sucessivas greves de tripulantes, a Comissão Parlamentar de Inquérito, o tema da TAP mantém-se na ordem do dia, não devido aos resultados (a companhia regressou aos lucros) mas devido ao processo de privatização.

O Governo aprovou a privatização “pelo menos 51%” da companhia aérea mas ainda está a analisar as propostas dos grupos de aviação que tem em cima da mesa. Entre os interessados estão o grupo IAG (Iberia e British Airways), Air France-KLM e a Lufthansa, sem prejuízo de existirem outras propostas a analisar.

De relembrar que o Presidente da República devolveu o decreto do Conselho de Ministros em relação à privatização, não tendo ficado satisfeito com as explicações. Agora, este tema volta a ficar em pausa.

João Galamba também teve que lidar com os atrasos nas obras das linhas de comboio, algo que não ficou resolvido. A gestão está a cargo da Infraestruturas de Portugal, sendo que as obras somam quase sete anos de atraso.

Outro tema que fica pendente é o futuro aeroporto, cuja localização ainda é incerta. Seja Santarém ou Montijo, a localização continua a fazer correr muita tinta e a gerar controvérsia, sendo que a proposta da Comissão Técnica Independente (que será conhecida no final do ano) poderá ficar na gaveta à espera de melhores dias.

Anteriormente, estimava-se que a localização para o futuro aeroporto de Lisboa só fosse conhecida no segundo semestre do próximo ano. Com a queda do Governo e a marcação de eleições , pouco se sabe sobre o futuro da localização.