Se o mundo coubesse na palma da mão, essa mão seria de Raul Girbal. Na universidade norte-americana de Stanford – também foi aceite em Cambridge – estuda matemática e está envolvido no grupo de debate de economia e política. Nos momentos livres, dança valsas, swing, salsa, hip-hop e, como se não bastasse, organiza eventos de dança para a comunidade de estudantes de Stanford e pratica desporto – futebol, squash e natação. O seu percurso desmente a ideia feita de que o bom aluno é aquele que vive unicamente para estudar. Raul dança com a vida!
Raul Girbal é ‘meio português’ – a família do lado lusitano tem raízes em Palafrugell, na Catalunha, e veio para Portugal em meados do século XIX – e ‘meio holandês’. Viveu 16 dos seus 20 anos em Portugal e estudou em três das oito escolas com International Baccalaureate: CAISL, St. Dominic’s e Oeiras International School (OIS). As asas que ganhou na OIS garantiram-lhe o voo para Stanford em 2016.
“Queria entrar na melhor universidade do mundo e quando me candidatei Stanford era a melhor nas áreas em que estava interessado na altura, pois combinava a física, a matemática e a indústria tecnológica”, conta ao Educação Internacional.
No ano em que apresentou a sua candidatura foram aceites em Palo Alto menos de 4,7% dos candidatos. Os testes de admissão correram-lhe bem, mas era preciso algo mais. “Na minha candidatura à Universidade de Stanford, ajudou muito ter participado em atividades extracurriculares, como debates, e ter sido presidente da associação de estudantes na Oeiras International School”, salienta.
Mais do que o sistema específico em que estudou, Raul considera que o seu percurso académico foi influenciado por alguns docentes da OIS. “Os meus professores de matemática, ciências, literatura inglesa e história foram fundamentais para eu gostar muito de aprender e perceber tanto as ciências exatas como as humanidades”, destaca.
Espera licenciar-se em junho de 2020, mas admite ficar mais um ano na Califórnia para fazer um mestrado em engenharia financeira e terminar os estudos em Stanford em 2021. E depois? “Quando entrei em Stanford queria tirar física ou matemática pura, mas com o passar do tempo e ao experimentar outros temas, o meu objetivo mudou. Atualmente, a minha meta profissional é entrar na indústria financeira, mais especificamente na área de finanças quantitativas.”
Raul sabe que os planos evoluem com as circunstâncias, mas a distância aprofunda o sentimento de pertença. “Identifico-me principalmente como português”.
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