Os deputados britânicos voltaram a chumbar o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia com um resultado de 391 votos contra e 242 a favor, numa votação que decorreu ao final da tarde desta terça-feira na Câmara dos Comuns.
Com este novo chumbo, o governo prometeu dar aos deputados a opção de sair da UE sem um acordo ou de pedir aos líderes europeus um adiamento do ‘Brexit’ para depois de 29 de março.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, ainda pediu esta terça-feira o apoio “de todos” os deputados britânicos ao Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE) ou existe o risco de o ‘Brexit’ não acontecer.
Ao abrir o debate na Câmara dos Comuns que antecedeu o chumbo ao Acordo, May defendeu que as negociações que decorreram ao longo de oito semanas após o chumbo do documento, em janeiro, resultaram num “acordo melhorado que merece o apoio de todos” os deputados.
“O facto é que há alterações legalmente vinculativas como resultado das negociações”, vincou, a propósito dos três documentos divulgados na segunda-feira em Estrasburgo em conjunto com a União Europeia.
O Procurador Geral britânico disse esta terça-feira que as “alterações legalmente vinculativas” ao Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE) reduzem, mas mantêm o risco de o país ficar indefinidamente numa união aduaneira com a UE.
A primeira ministra alertou ainda para o “risco para aqueles que têm fé no povo britânico e querem concretizar o voto pelo ‘Brexit’ que, se este acordo não passar, o ‘Brexit’ pode ser travado”.
Theresa May abria o debate antes do segundo “voto significativo” no parlamento, necessário para ratificar o Acordo e garantir um ‘Brexit’ ordenado, pois o líder da Câmara das Comuns, John Bercow, anunciou não ter selecionado qualquer das 10 propostas de alteração.
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