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“Devemos confiar nos portugueses”. Governo rejeitou definir número máximo de pessoas nos jantares de natal e de ano novo

“Quanto mais pessoas houver, maior é o risco. Quanto mais tempo estivermos sem máscara, maior é o risco. Quanto mais pequeno for o espaço, mais fechado for o espaço, menos arejado for o espaço, maior é o risco”, sublinhou o primeiro-ministro após a reunião de Conselho de Ministros.
  • Rodrigo Antunes/LUSA
5 Dezembro 2020, 17h39

O primeiro-ministro António Costa sustentou que “devemos confiar nos portugueses”, uma vez que “têm sido exemplares” na compreensão das medidas restritivas impostas pelo Governo durante os oito meses do combate à pandemia no território nacional.

“Acho que devemos confiar nos portugueses e na forma como têm sabido muito bem interpretar a gravidade da situação e agir em conformidade. É um sinal de confiança que devemos ter uns nos outros”, disse o primeiro-ministro português.

Questionado sobre se a permissão de circulação entre concelhos para a celebração do Natal irá influenciar ajuntamentos, António Costa respondeu que “não estamos a promover deslocações ou encontros, estamos a permitir as deslocações e estamos a permitir os encontros”, notando que a decisão final é dos portugueses.

Sendo estas medidas do conhecimento do Presidente da República, António Costa defendeu que “o nosso entendimento é que não deve ser o Estado a imiscuir-se na organização da vida familiar”. “As famílias têm hoje suficiente informação para saberem que todos os encontros, e também encontros de família, são momentos de risco”, disse após a reunião de Conselho de Ministros.

“Quanto mais pessoas houver, maior é o risco. Quanto mais tempo estivermos sem máscara, maior é o risco. Quanto mais pequeno for o espaço, mais fechado for o espaço, menos arejado for o espaço, maior é o risco”, sublinhou. “Agora, acho que os portugueses têm sido exemplares ao fim destes oito meses na forma como têm compreendido, e bem, a ameaça que temos pela frente e se têm mobilizado com enorme sacrifício e espírito de serviço à comunidade para enfrentarem este desafio”, continuou o primeiro-ministro.

Desta forma, António Costa mostrou confiança que os portugueses irão agir da maneira mais correta. “Estou certo de que as famílias se saberão organizar”.

“Acho que não competiria ao Estado dizer às famílias para abrirem duas ou três janelas, ou se devem ser seis pessoas ou dez pessoas, se em vez de estarem à mesa devem fazer um jantar volante, se se devem encontrar para jantar à mesa ou simplesmente encontrarem-se para trocar presentes, se devem estar com ou sem máscara”, notando, novamente, que esta é uma decisão que cabe aos portugueses.

Ainda assim, António Costa disse que “temos de manter contenção até ao Natal”, de forma a continuar a baixar os número de infeção e de óbitos. “Apelamos a todas as famílias que tenham máximo cuidado na organização do seu Natal. Se assim for, todos passaremos um Natal em segurança, todos passaremos um Natal que será um encontro com a família e não com o vírus”, realçou.

“Cautelarmente, dizemos que ninguém pode baixar a guarda, ninguém pode dar por ganha esta batalha. A batalha continua e até dia 18 temos de continuar a trabalhar para continuarmos a reduzir a incidência da pandemia, para no dia 18 podermos vir aqui dizer que estamos melhor do que no dia 5 de dezembro”, terminou António Costa.

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