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DGS prepara reforço de regras para portos, aeroportos e aeródromos

“Estamos a atualizar as orientações da DGS para portos e aeroportos, incluindo com o que fazer no caso de haver algum caso de infeção em passageiros ou funcionários”, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
  • Manuel de Almeida / Lusa
22 Junho 2020, 18h09

A Direção-Geral da Saúde (DGS) está preparar um reforço “de regras e medidas” para “todos os portos, aeroportos e aeródromos nacionais”, que serão reveladas numa “atualização das orientações” sobre a covid-19 para aquelas infraestruturas, foi hoje divulgado.

“Estamos a atualizar as orientações da DGS para portos e aeroportos, incluindo com o que fazer no caso de haver algum caso de infeção em passageiros ou funcionários”, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

De acordo com Graça Freitas, a DGS “tem estado em contacto com a tutela e a ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil) relativamente a todos os aeroportos e aeródromos nacionais”, estando em prática o “controlo da temperatura para quem entra no país, o reforço da informação dada aos passageiros e o preenchimento do cartão de localização do passageiro”.

A diretora-geral explicou que o cartão do passageiro visa uma localização posterior ao voo, caso se venha a encontrar algum caso de infeção.

De acordo com a responsável, atualmente o cartão é “físico” mas a intenção é que passe a ser um processo digital.

Graça Freitas respondia a questões dos jornalistas sobre medidas para o funcionamento dos aeroportos num momento em que se prevê alguma retoma de voos e em que os aeroportos de Lisboa, Porto e Algarve, em Portugal continental, apresentam procedimentos diferenciados dos da Madeira e Açores.

A responsável não concretizou se está a ser equacionada uma eventual uniformização de procedimentos nos aeroportos continentais e nos das ilhas.

O Governo da Madeira revelou que, a partir de 01 de julho, os passageiros que desembarcarem nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo devem ser portadores de um teste negativo realizado nas 72 horas anteriores.

Caso não disponham do documento, o teste será realizado nas infraestruturas aeroportuárias regionais, “a expensas do Governo Regional”, devendo o passageiro aguardar até ao máximo de 12 horas pelo resultado.

Miguel Albuquerque mencionou que o executivo já suporta os custos deste teste em relação a vários grupos, “como os estudantes e as pessoas que não têm meios financeiros”.

Também nos Açores, quem viaja para a região deve apresentar um teste negativo à covid-19 feito nas 72 horas anteriores à chegada aos Açores, ou, em alternativa, submeter-se a um teste no momento do desembarque, pago pelo executivo regional.

Quem optar pela segunda opção deve aguardar o resultado em isolamento numa unidade hoteleira, e tem de se submeter a novos testes nos 5.º e 13.º dias de estadia.

Portugal contabiliza pelo menos 1.534 mortos associados à covid-19 em 39.392 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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