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É preciso uma visão mais holística na promoção da saúde cerebral”, diz responsável da APES

Francisca Vargas Lopes, vice-presidente da Associação Portuguesa de Economia da Saúde, alerta também para a necessidade de fazer cada vez mais investimento na saúde. “Não se trata só de aumentar os custos”, refere.
Cristina Bernardo
9 Maio 2023, 12h18

Olhar a saúde mental de um modo cada vez mais global e não tão restritiva ao problema em si. Esta foi uma das ideias defendias durante a conferência “O Futuro das Neurociências”, uma iniciativa que decorre no Centro Cultural de Belém esta terça-feira, 9 de maio, promovida pelo Jornal Económico e a Biogen Portugal, que visa debater os desafios e oportunidades associados à saúde do cérebro em Portugal.

É preciso uma visão mais holística na promoção da saúde cerebal”, diz responsável da APES. Francisca Vargas Lopes, vice-presidente da Associação Portuguesa de Economia da Saúde, alerta também para a necessidade de fazer cada vez mais investimento na promoção da saúde. “Não se trata só de aumentar os custos”, refere.

No painel dedicado ao tema ‘a saúde do cérebro em Portugal: desafios e oportunidades’, Francisca Vargas Lopes, vice-presidente da Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES), considera que “é preciso uma visão mais holística na promoção da saúde cerebral, que passa muito por políticas públicas, não só pelos cuidados de saúde”.

 A responsável defendeu também a importância de medir e comunicar o retorno do investimento aos decisores, para justificar maior investimento no sistema de saúde em Portugal. “Há cada vez mais estudos que mostram retorno desse investimento. É importante mostrar que “Não se trata só de aumentar os custos”, referiu.

Francisca Vargas Lopes destacou ainda o facto de se saber cada vez mais a ligação entre efeitos cognitivos e saúde do cérebro, salientando a importância de prevenir a doença. “No contexto da saúde cerebral pensamos só no tratamento da doença e não tanto na sua prevenção”.

Outro dos pontos analisados pela responsável da APES foi o desafio do envelhecimento na sociedade, em particular dos cuidadores informais. “Precisamos de mais especialidade nos apoios sociais. Os cuidados paliativos são só a fase final, existe muita coisa a fazer antes disso, com impacto na sociedade e na economia”, salientou.

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