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Rita Lau Gomes: “Ensaios clínicos? Portugal é o país com os maiores tempos de aprovação da Europa”

No que diz respeito aos constrangimentos relativamente à burocracia que dificultam à realização dos ensaios clínicos em Portugal, Rita Lau Gomes, diretora médica da Biogen Portugal, revelou, na conferência dedicada ao futuro das neurociências, organizada pelo JE e Biogen Portugal, que Portugal é o país em que os tempos de aprovação para a aprovação deste estudos são os maiores a nível europeu.
9 Maio 2023, 11h53

Rita Lau Gomes, diretora médica da Biogen Portugal, revelou esta terça-feira que os tempos de aprovação dos ensaios clínicos em Portugal são os maiores da Europa e que esse é um fator crítico de competitividade da indústria da investigação em saúde.

O JE e a Biogen Portugal promovem esta terça-feira, 9 de maio, em Lisboa, a conferência “O Futuro das Neurociências”, uma iniciativa que tem lugar no Centro Cultural de Belém e que visa debater os desafios e oportunidades associados à saúde do cérebro em Portugal.

Sobre os constrangimentos relativamente à burocracia que dificulta à realização dos ensaios clínicos em Portugal, Rita Lau Gomes, diretora médica da Biogen Portugal, revelou que Portugal é o país em que os tempos de aprovação para a realização deste estudos são os maiores a nível europeu. “Portugal é o país em que os tempos de aprovação de ensaios clínicos é o maior da Europa. Quando competimos com outros países, acaba por ser difícil argumentar para trazer alguns ensaios clínicos para Portugal”, explicou esta especialista.

“Como não há tempo dedicado à investigação e há prioridades que surgem a seguir, isso acaba por ser constrangedor para nós enquanto empresa de agarrar novos ensaios”, realçou Rita Lau Gomes.

Para esta especialista, o caminho da biotecnologia na investigação das neurociências “não tem sido muito facilitado”: “A biotecnologia teve um papel muito relevante na investigação nesta área das neurociências e não tem sido um caminho fácil. Houve uma grande evolução e temos vindo a desenvolver várias terapêuticas que atrasam a progressão da doença. Mas há um grande caminho a percorrer ainda”.

“Temos boas notícias relativamente ao benefício clínico de alguns tratamentos relativamente a práticas que têm vindo dos EUA mas são pequenos passos que têm vindo a ser dados”, finalizou Rita Lau Gomes, diretora médica da Biogen Portugal, no painel designado de “O Futuro das Neurociências”, integrada na conferência “O Futuro das Neurociências”.

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