O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, assume com tristeza o facto de “termos de pedir auxílio estrangeiro quando não soubemos lidar com uma situação dentro de portas”.
Alexandre Lourenço revela que quando, no passado, “tivemos de dar conta do nosso país a países terceiros, foi um período difícil”, sendo que a situação se está a verificar novamente. O profissional, e também técnico do Ministério da Saúde, fez esta revelação durante uma audição da Comissão Eventual no Parlamento esta quarta-feira.
“Estamos a falar do dia em que houve mais mortalidade”, disse. “São os nossos co-cidadãos que estão a morrer e a ser infetados”, continuou Alexandre Lourenço.
Há vários dias que a mortalidade em Portugal devido à Covid-19 se tem fixado acima dos 200 óbitos diários, um valor que diversas organizações ligadas à saúde assumem como assustador. Também na última semana, o hospital Fernando Fonseca assumiu problemas na distribuição de oxigénio para os doentes, por duas vezes, sendo que na noite de ontem tiveram mesmo de transferir alguns doentes para o Hospital de Santa Maria e Hospital da Luz por prevenção.
“Temos de pedir ajuda a terceiros porque não soubemos gerir a situação no nosso país da forma mais adequada”, voltou a referir o profissional perante a questão da deputada Ana Rita Bessa do CDS sobre o pedido de ajuda internacional.
O Jornal Económico reportou esta terça-feira, 26 de janeiro, que o Governo português está a equacionar enviar doentes para hospitais em Espanha, nomeadamente Sevilha, Salamanca, Badajoz e Vigo. O pedido de ajuda internacional está ainda a ser equacionado há duas semanas pelo Executivo nacional.
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