Os empresários alemães continuam pouco otimistas quanto à evolução da economia no curto-prazo, de acordo com o índice Ifo divulgado esta segunda-feira, embora esta leitura não reflita ainda as perceções após a vitória eleitoral da CDU deste domingo.
O índice manteve-se inalterado em 85,2 pontos em fevereiro, isto quando o mercado antecipava uma ligeira melhoria até 85,9, embora com mexidas nos subindicadores referentes às expectativas e à situação atual. Enquanto as perspetivas inverteram a tendência de queda dos últimos três meses, voltando a crescer de 84,3 para 85,4 pontos, a perceção relativamente ao estado atual da economia alemã deteriorou-se, caindo um ponto para 85.
Os serviços, que têm sido a salvação da atividade europeia e alemã, registaram uma ligeira diminuição na confiança dos empresários, queda essa contrariada pelos restantes setores (indústria, construção e retalho). A subida na construção foi, ainda assim, insuficiente para impedir uma ultrapassagem pelo retalho, passando assim a ser o setor com uma pior avaliação pelos empresários alemães.
Com a leitura de fevereiro, todos os subindicadores de todos os setores considerados por este índice ficam em terreno negativo à exceção do referente à situação atual nos serviços, um espelho das dificuldades que atravessa a maior economia da Europa.
Perante este cenário, a análise da Pantheon Macro continua a identificar “riscos descendentes para o crescimento alemão e, portanto, mais risco de recessão” a abrir o ano, prolongando a crise registada no ano passado. A projeção para o primeiro trimestre passa assim por uma queda de 0,5% em termos homólogos, resultado que se traduziria, ainda assim, num avanço de 0,1% em cadeia.
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