O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, ameaçou com subida de tarifas, para os níveis originais, num cenário em que não sejam atingidos acordos comerciais depois de terminada a pausa de 90 dias. A 2 de abril, no chamado ‘Dia da Libertação’, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas a vários parceiros comerciais, a que chamou ‘tarifas recíprocas, para depois recuar, a 9 de abril, com o anúncio de uma pausa de 90 dias, e uma baixa das tarifas para um mínimo de 10%.
“O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou [os países] que não queiram negociar em boa fé, que [as tarifas] voltam aos níveis originais [para os níveis das tarifas recíprocas]”, disse Scott Bessent, ao programa ‘State of the Union’ da CNN.
O governante disse ainda ao canal televisivo que existem 18 parceiros comerciais que são considerados importantes, pelo que os Estados Unidos estão focados em que se atinjam acordos.
Os Estados Unidos já anunciaram um acordo com o Reino Unido que prevê uma baixa de tarifas em vários produtos. A 12 de maio os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo para colocar uma pausa nas tarifas por um período de 90 dias. Recorde-se que as tarifas entre os dois países estavam acima dos 100%. Com a pausa de 90 dias veio também uma redução substancial nas tarifas. Os Estados Unidos têm atualmente uma tarifa de 30% para as importações chinesas e a China tem uma tarifa de 10% para as importações norte-americanas.
À CNN, Scott Bessent disse ainda que existem “muitas relações comerciais de uma dimensão mais reduzida para as quais os Estados Unidos podem simplesmente criar um número”. O secretário do Tesouro norte-americano acrescentou que a sua sensação é que “serão atingidos muitos acordos regionais”, como por um exemplo uma taxa para a América Central e outra taxa para África.
O governante norte-americano disse ainda à CNN que a estratégia negocial norte-americana é de “incerteza estratégica”.
Scott Bessent referiu que se os Estados Unidos “derem demasiada certeza aos outros países, eles brincariam connosco nas negociações. Estou confiante que no final destas negociações, tanto os retalhistas, como os norte-americanos, e os trabalhadores norte-americanos vão ficar melhor”.
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