EUA: Inflação em junho recua para mínimos de dois anos com 3,0%

A inflação nos EUA continua a descer, recuando para 3,0% em junho, o nível mais baixo em dois anos, fruto de 13 meses consecutivos de queda no indicador. O mercado já esperava este mínimo, mas a expectativa de 3,1% acabou por sair sobrestimada face pressões nos preços cada vez mais fracas.

Em maio, o indicador de preços havia já recuado para 4,0%, um valor que beneficiava efeitos base ao comparar com leituras anormalmente elevadas no ano anterior.

Ainda assim, o abrandamento da pressão no lado dos bens energéticos tem contribuído decisivamente para este resultado, depois da crise energética causada pelo disparo das cotações internacionais do petróleo e gás natural. Em junho, o subíndice referente aos bens energéticos desceu 16,7%, sublinhando o alívio neste tipo de bens.

Por outro lado, a componente da alimentação continuou a subir, embora a um ritmo menos pronunciado do que no mês anterior. Depois de ter subida 6,7% em maio, junho revelou um aumento de 5,7%, uma tendência que se estendeu ao alojamento (8% em maio e 7,8% em junho).

Em cadeia, o índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,2%, depois de ter aumentado 0,1% no mês anterior. Já o indicador core, que ignora a energia e bens alimentares, foi de 4,8% em termos homólogos, mantendo a trajetória de descida que se vem verificando há três meses. Em cadeia, o indicador subjacente chegou a 0,2%.

[notícia atualizada às 13h41]