Passados três meses do arranque do embargo ao gasóleo russo, a União Europeia conseguiu substituir com sucesso a sua dependência face ao que era o seu maior fornecededor.
Este gasóleo foi substituído na sua maioria pelas compras às refinarias do Médio Oriente e da Ásia, os dois blocos que mais vendem à UE, segundo os dados hoje divulgados pela “Bloomberg”.
Bruxelas pode assim respirar fundo depois de a nova fase de embargo ameaçar colocar sérios entraves à economia europeia devido à sua dependência de gasóleo no transporte rodoviário, mas que também é usado na ferrovia e na indústria.
As compras diárias de gasóleo deverão atingir um total de 1,25 milhões de barris diáriso em maio, um máximo de quatro meses, em linha com as compras efetuadas em 2022.
A agência noticiosa destaca que as entregas da Arábia Saudita vão atingir um novo máximo (324 mil barris diários), enquanto que as entregas dos EUA vão ser as mais elevadas desde agosto de 2020.
Já as compras à Ásia deverão recuar este mês, com a China e Singapura a terem fluxos menores, mas as compras à Índia deverão aumentar.
Em fevereiro, a “Reuters” noticiou que as petrolíferas russas estavam a vender petróleo com descontos de 15-20 dólares por barril para compradores na China e na Índia, segundo 10 traders envolvidos nas operações. Nesta altura, as exportações de gasóleo indiano e chinês para o ocidente dispararam, levando a suspeitas de que este produto estaria a ser produzido usando petróleo russo.
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