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Evolução na matriz de risco deixa de estar associada às medidas semanais

“Vamos deixar de fazer a associação das medidas semanalmente adotadas em função da evolução da matriz, não se justifica nesta fase da taxa de vacinação”, revelou António Costa, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, sublinhando, porém, que vão ser tidos em conta “os diferentes alertas, seja a taxa de incidência, o ritmo de crescimento, a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde ou a taxa de mortalidade”.
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    Tiago Petinga/Lusa
29 Julho 2021, 19h24

A matriz de risco utilizada pelo Governo para monitorizar a evolução da covid-19 vai deixar de estar associada às medidas adotadas semanalmente para controlo da pandemia, anunciou hoje o primeiro-ministro, justificando a alteração com a taxa de vacinação.

“Vamos deixar de fazer a associação das medidas semanalmente adotadas em função da evolução da matriz, não se justifica nesta fase da taxa de vacinação”, revelou António Costa, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, sublinhando, porém, que vão ser tidos em conta “os diferentes alertas, seja a taxa de incidência, o ritmo de crescimento, a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde ou a taxa de mortalidade”.

Segundo o líder do executivo, a pandemia vai continuar a ser monitorizada, devido à “capacidade de mutação significativa” do vírus SARS-CoV-2, lembrando que essa capacidade “pode perturbar a evolução normal da pandemia”. Contudo, António Costa chamou a atenção para a efetividade da vacina na redução de novos casos, internamentos e óbitos em relação a anteriores vagas.

“Se as coisas não correrem bem, não deixaremos de parar ou mesmo recuar relativamente àquilo que é a trajetória que está definida. Se tudo correr bem, o ritmo da vacinação vai progredindo como está previsto – a um ritmo superior à involução da pandemia – e poderemos continuar a dar estes passos de forma tranquila e segura. Queremos retomar as atividades, mas garantindo a segurança de todas e de todos”, insistiu.

Já sobre a possibilidade de divulgação dos dados de vacinação em relação aos internamentos hospitalares e óbitos, sugerida na terça-feira pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o primeiro-ministro não se comprometeu com uma posição e explicou, com recurso a um exemplo particular, que as mortes registadas em pessoas vacinadas se deveram essencialmente a outras patologias associadas.

“Sabemos que os casos [de mortes] onde havia vacinação são, em regra, associados a pessoas que tinham comorbilidades conhecidas ou idades muito avançadas. Um dos falecidos tinha 102 anos, não é propriamente uma idade em que seja surpreendente vir a falecer no caso de doença. Sabemos que a vacinação é muito efetiva”, concluiu.

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