Desde dia 16 que todas as escolas em Portugal encontram-se encerradas face ao surto do novo coronavírus. A questão que se coloca agora é se estas permanecerão encerradas até ao final do ano letivo, e se sim, como serão geridas as avaliações dos alunos do 2º e 3º período.
Em entrevista à Rádio Renascença, esta quinta-feira, Eduardo Marçal Grilo diz que devido à evolução da pandemia em Portugal, que não ficaria chocado se o ano letivo em curso terminasse agora, quer no público quer no privado, e sugeriu, por isso, uma “espécie de ano neutro” que terminaria agora para os alunos do básico e secundário, que acabariam por transitar para o próximo ano letivo “sem notas”.
“Não me chocaria que houvesse uma decisão, que teria de ser entendida como uma decisão absolutamente excecional, no sentido em que o ano terminaria, para todos, privado e público, para depois não termos questões de heterogeneidade e de alguma injustiça”, disse o antigo ministro da Educação em entrevista à rádio.
O antigo ministro da Educação sugeriu por isso que as avaliações fossem realizadas através dos meios tecnológicos. “Mas tem de se ser muito cauteloso aí”, sublinhou, sugerindo que o Ministério da Educação, os agrupamentos de escolas e os encarregados de educação têm que encontrar uma solução mais equitativa “para que não se estabeleça um critério qualquer que possa distorcer o algoritmo que coloca os estudantes no Ensino Superior”.
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