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Ex-ministro da Educação defende “ano neutro” para alunos passarem “sem notas”

Cerca de dois milhões de estudantes encontram-se atualmente em casa face à decisão do Governo de encerrar todas as escolas devido à Covid-19. O antigo ministro da Saúde confessou não ficar chocado caso as escolas permanecessem encerradas até ao final do ano letivo, sugerindo, por isso, uma transição de ano “sem notas”.
26 Março 2020, 11h46

Desde dia 16 que todas as escolas em Portugal encontram-se encerradas face ao surto do novo coronavírus. A questão que se coloca agora é se estas permanecerão encerradas até ao final do ano letivo, e se sim, como serão geridas as avaliações dos alunos do 2º e 3º período.

Em entrevista à Rádio Renascença, esta quinta-feira, Eduardo Marçal Grilo diz que devido à evolução da pandemia em Portugal, que não ficaria chocado se o ano letivo em curso terminasse agora, quer no público quer no privado, e sugeriu, por isso, uma “espécie de ano neutro” que terminaria agora para os alunos do básico e secundário, que acabariam por transitar para o próximo ano letivo “sem notas”.

“Não me chocaria que houvesse uma decisão, que teria de ser entendida como uma decisão absolutamente excecional, no sentido em que o ano terminaria, para todos, privado e público, para depois não termos questões de heterogeneidade e de alguma injustiça”, disse o antigo ministro da Educação em entrevista à rádio.

O antigo ministro da Educação sugeriu por isso que as avaliações fossem realizadas através dos meios tecnológicos. “Mas tem de se ser muito cauteloso aí”, sublinhou, sugerindo que o Ministério da Educação, os agrupamentos de escolas e os encarregados de educação têm que encontrar uma solução mais equitativa “para que não se estabeleça um critério qualquer que possa distorcer o algoritmo que coloca os estudantes no Ensino Superior”.

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