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Farmácias poderão vir a ser incluídas num plano sempre sujeito a ajustes, refere almirante Gouveia e Melo

O coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 referiu que toda a informação que ajude na melhor compreensão da doença e do impacto das vacinas é importante, mas tem de encontrar aliar os ganhos logísticos aos de saúde pública.
  • António Cotrim/Lusa
19 Fevereiro 2021, 20h52

O plano de vacinação contra a Covid-19 está sempre sujeito a ajustamentos que permitam “adaptar à realidade existente” este processo, ainda que qualquer alteração tenha de ser motivada por ganhos evidentes de saúde pública, comprovados pelas entidades competentes. A afirmação é do almirante Henrique Gouveia e Melo, o coordenador do esforço nacional de vacinação contra a infeção causada pelo novo coronavírus, que, no Telejornal da RTP desta sexta-feira, manteve no ar a hipótese de se recorrer às farmácias.

O almirante reconheceu que a estratégia portuguesa está pronta para ser adaptada às novas descobertas relacionadas com a doença, mas sempre condicionais à aprovação de um conselho de saúde pública que envolva as autoridades de saúde responsável, nomeadamente a Direção-Geral de Saúde e o Infarmed.

Questionado sobre a possibilidade de alterar as normas face a indicações de que a vacina da Pfizer demonstrou ser 85% eficaz na criação de anticorpos após uma só dose, Gouveia e Melo reconheceu a importância de toda a informação, mas pediu ponderação.

“Todos os dados exteriores q implicam c a campanha são importantes. A devido tempo, se forem significativos, claro que terão impacto no plano, uma vez que permite que se desdobre as doses, mas ainda são precisos mais dados”, esclareceu, destacando o impacto logístico desta possibilidade.

Por outro lado, o recurso às farmácias não é um cenário afastado, mas também com o qual se comprometa. O coordenador do plano prefere deixar em aberto esta possibilidade, mas apenas caso se justifique.

“Conforme o aumento da disponibilidade das vacinas, temos de ter um ritmo de vacinação superior. Se este for tal que esgotamos as capacidades normais de vacinação, temos de encontrar alternativas”, referiu, apontando para “entre o final do segundo trimestre e o início do terceiro” para, caso a hipótese se coloque, se avançar para a vacinação nas farmácias.

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