FNAM: Ministro da Saúde “sabe que tem que ceder para salvar o SNS”

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) entende que o ministro da Saúde “sabe que tem que ceder para salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, deixando claro, em comunicado, que o sindicato “não aceitará que Manuel Pizarro dê com uma mão para retirar com a outra” no que diz respeito à reforma do SNS e da “dignificação” dos seus profissionais.

“Depois de 18 meses de reuniões infrutíferas com o Ministério da Saúde (MS), tempo em que se percebeu que a maioria da população está ao lado dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Ministro da Saúde admitiu a razoabilidade das propostas entregues pelos médicos, mas, por agora, apenas em palavras”, refere a FNAM na nota de imprensa emitida esta sexta-feira, abordando a próxima reunião com a tutela.

“Foi sugerido pelo MS nova reunião, no próximo domingo, às 16h00, mediante o envio de uma proposta concreta. Uma coisa é certa: a FNAM não aceitará que Manuel Pizarro dê com uma mão para retirar com a outra”, sublinham os médicos.

Levantando aquelas que são “as linhas vermelhas claras”, a FNAM acusa o governante de “não as conseguir rebater”.

“A reforma do SNS, e a sua dignificação, só é possível com médicos motivados e respeitados, e devidamente valorizados dada a sua responsabilidade. Mais do que nunca, cabe agora a Manuel Pizarro assumir que é necessário resolver a maior crise em que o Governo colocou o SNS, nomeadamente com a falta de médicos para assegurar escalas da maioria dos Serviços de Urgência do país”, insiste a federação.

FNAM acusa Pizarro de promover a desigualdade em vez da equidade nos médicos do SNS