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“Fragilidades nacionais vieram pôr a nu a fragilidade dos idosos”, diz Conselho de Saúde Pública

Para o Conselho Nacional de Saúde Pública deveria existir mais acompanhamento aos idosos que residem nos lares e nas suas habitações devido à fragilidade económica e social que sentem, e agora a fragilidade ao nível da saúde.
Flavio Lo Scalzo/Reuters
29 Janeiro 2021, 18h50

O Conselho Nacional de Saúde Pública, pela voz do membro Jorge Torgal, admitiu a preocupação com a mortalidade que se tem assistido nas últimas semanas e como esta pode ser evitada, sendo que os idosos são os mais afetados por esta mortalidade.

Na primeira fase, segundo Jorge Torgal durante a audição conjunta da Comissão Eventual, “Portugal conseguiu ter uma mortalidade baixa mas as fragilidades nacionais vieram pôr a nu a vida frágil dos mais idosos”. Jorge Torgal afirmou ainda que esta é a geração que mais tem sido vítima da pandemia que se abateu no país, acrescentando que “devíamos tentar tomar medidas que o evitassem e agir de forma mais forte junto dos idosos”.

Para o Conselho Nacional de Saúde Pública deveria existir mais acompanhamento aos idosos que residem nos lares e nas suas habitações devido à fragilidade económica e social que sentem, e agora a fragilidade ao nível da saúde. Analisando os surtos que têm acontecido nos lares e residências de idosos, Jorge Torgal assumiu que deveria haver um maior acompanhamento a esta geração.

“O frio foi um fator de agravamento, e pode aumentar a mortalidade em 2% nas pessoas que têm doenças cardíacas e em até 3% nas pessoas com doenças respiratórias”, adiantou o membro do Conselho Nacional. “Ainda estamos a tempo de criar uma força especial para atuar junto dos lares e residências”, acrescentando que entende que a evolução da situação exige uma ação mais focada que permita evitar que os idosos adoeçam nesta altura mais frágil.

De acordo com Jorge Torgal, no dia 5 de janeiro verificou uma mortalidade baixa, na ordem de 725 doentes por milhão de habitantes, apresentando uma taxa mais reduzida que na Suíça, na Suécia, na Bélgica e em Inglaterra. No entanto, este valor escalou e “em duas semanas a situação mudou drasticamente e Portugal verificou um aumento da mortalidade em 57%”, afirmou.

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