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Galp e BCP são estrelas na Bolsa de Lisboa e PSI lidera subidas da Europa. Wall Street recupera

As principais praças europeias encerraram do lado dos ganhos, com a grande maioria dos setores do Stoxx600 a fecharem em terreno positivo. O PSI liderou a subida na sessão de segunda-feira ao crescer 3,5% graças à Galp e BCP. A dívida pública vê os juros recuarem. Nos EUA, o “verde” dominou.
23 Abril 2024, 07h30

Na sessão desta segunda-feira, as principais praças europeias encerraram em terreno positivo. O destaque vai para o índice britânico, o FTSE 100, que atingiu máximos históricos um ano depois, ultrapassando 8.000 pontos (subiu na sessão 1,63% para 8.023,87 pontos). As empresas de energia têm sido os impulsionadores este ano até agora, com a Shell e a BP a serem responsáveis ​​por grande parte dos ganhos anuais do índice, segundo dados da Bloomberg.

Por cá, as ações da Galp e do BCP levaram o PSI aos maiores ganhos desde 2020.

“Em grande destaque na sessão esteve o PSI, que registou a maior valorização diária desde novembro de 2020, impulsionado pelo disparo superior a 20% da Galp, o maior ganho diário desde 2007 para a petrolífera portuguesa, perante o sucesso da sua recente exploração na Namíbia e vários upgrades de casas de investimento”, destaca o analista do Millennium Investment Banking, Ramiro Loureiro.

A Galp recebeu várias subidas de price-target após a notícia de que a empresa que detém 80% do consórcio de exploração na Namíbia, ter anunciado uma potencial “importante descoberta comercial” na exploração petrolífera no campo Mopane, no país. A Alantra Equities subiu o preço-alvo de 16,05 euros para 20,40 euros, e passou a recomendar a compra dos títulos. O JB Capital elevou o price-target de 16,20 euros para 20,90 euros por ação, e recomenda a compra. O Citi passou o preço-alvo da Galp de 16,5 euros para 24,5 euros, entre outros. O preço-alvo médio dos analistas é agora de 16,30 euros, segundo a MTrader.

A impulsionar Lisboa esteve também a valorização de mais de 5% do BCP, que também obteve uma revisão em alta. Foi a Alantra Equities que reviu em alta o preço-alvo do banco liderado por Miguel Maya de 0,43 euros para 0,45 euros, mantendo a recomendação de compra.

O ambiente destes dois títulos acabou por compensar o efeito do destacamento de dividendo da NOS, que descontou 0,35 euros/ação, equivalente a uma yield de quase 10%, das mais atrativas a nível europeu.

“No exterior, o banco italiano Banco BPM mereceu também destaque, a destacar dividendo. A animar estiveram ainda os comentários do Governador do Banco de França, que referiu que o BCE não será influenciado pela incerteza nos preços do petróleo quando tiver de tomar uma decisão em junho”, salienta o analista da MTrader.

As principais praças europeias encerraram do lado dos ganhos, com a grande maioria dos setores do Stoxx600 a fecharem em terreno positivo.

O EuroStoxx 50 valorizou 0,38% para 4.936,8 pontos e o Stoxx 600 avançou 0,60%.

O francês CAC 40 subiu 0,22% para 8.040,4 pontos; o alemão DAX fechou em alta de 0,70% para 17.860,8 pontos; o IBEX disparou 1,50% para 10.890,2 pontos e o português PSI foi a estrela da Europa ao subir na sessão 3,50% para 6.515,5 pontos.

A exceção na Europa foi o FTSE MIB de Milão que recuou  0,58% para 33.724,8 pontos.

O mercado de dívida soberana revela uma redução das yields no mercado secundário de 1,40 pontos base para 2,48%; Portugal nas OT a 10 anos tem os juros em queda de 3,90 pontos base para 3,11%; Espanha tem os juros soberanos a recuarem 5,14 pontos base para 3,26%. Por sua vez Itália também vê os juros baixarem 8,57 pontos base para 3,84%.

Do outro lado do Atlântico, Wall Street recuperou com força numa semana marcada pelas grandes tecnologias.

A temporada de balanços continua em Wall Street e esta semana é a vez de quatro dos ‘7 Magníficos’.

Desta forma, a Tesla (terça-feira),a  Meta (quarta-feira), a Microsoft e a Alphabet (quinta-feira) vão  revelar ao mercado contas em que a inteligência artificial (IA) terá muito a dizer.

O ataque de Israel ao Irão, em retaliação à ofensiva iraniana do passado fim de semana, fez disparar os receios de um prolongamento do conflito na região, embora o facto de as respostas terem tido um “impacto limitado” esteja a levar os investidores a manter a calma.

Nos Estados Unidos, a  relutância da inflação em descer e a força do mercado de trabalho aumentaram a expetativa de que a Reserva Federal (Fed) não reduzirá as taxas de juro a curto prazo. De facto, a probabilidade de uma primeira redução das taxas em junho foi reduzida para 15% e a de julho para 36%.

O Dow Jones subiu 0,62% para  38.229,8 pontos; o S&P 500 avançou 1,11% para 5.022,5 pontos; e o Nasdaq valorizou 1,09% para 15.448,6 pontos.

O euro cai 0,04% para 1,0652 dólares.

No mercado dos futuros do petróleo, o Brent, referência na Europa caiu 0,26% para 87,06 dólares o barril; e o crude Weste Texas no NYMEX, recua 0,35% para 82,85 dólares.

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