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Governo diz que adoptará “todas as medidas que forem necessárias para proteger” a Efacec

Secretário de Estado da Economia classificou a Efacec como “estratégica” e disse que as questões em torno da participação de Isabel dos Santos levam a que o Governo tenha “uma preocupação obviamente adicional com esta empresa”.  
23 Junho 2020, 11h17

João Neves, secretário de Estado Adjunto da Economia, garantiu que o Governo está a acompanhar os desenvolvimentos em torno da Efacec e irá adoptar “todas as medidas que forem necessárias para proteger” a empresa, que classificou de “estratégica para o país”.

“É uma empresa estratégica e do lado do Governo adoptaremos todas as medidas que forem necessárias para proteger esta empresa”, afirmou o governante, esta terça-feira, numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças, sobre o Orçamento Suplementar.

João Neves respondia ao deputado do Bloco de Esquerda Jorge Costa, que questionou o secretário de Estado sobre o pedido da Efacec de acesso a uma garantia estatal para financiamento de 50 milhões de euros de liquidez. “Que ponderação tem o Governo acerca dessa garantia de liquidez e que de modo pretende inscrevê-la na sede de Orçamento?”, perguntou o parlamentar.

O secretário de Estado realçou que a Efacec é uma “empresa é exclusivamente privada” e não existe “nenhuma intervenção pública no capital desta empresa no momento presente”, ressalvando que “devemos olhar para aquilo que é a Efacec no quadro de uma atividade privada com características normais”.

No entanto, reconheceu que “obviamente que temos claro e presente que em função das questões associadas a mais de 70% do capital da Efacec ser detido por empresas no âmbito da Engenheira Isabel dos Santos, temos aqui uma preocupação obviamente adicional com esta empresa”.

“Gostava que fosse absolutamente claro que a Efacec é para o Governo, e julgo que para o país, uma empresa com características muito especiais, com uma enorme capacidade de engenharia e com produtos muito adaptados àquilo que são as necessidades futuras da transição, nomeadamente de natureza ambiental que temos pela frente”, afirmou.

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