O Governo dos Açores não tem conhecimento oficial do fecho do consulado norte-americano de Ponta Delgada, diz fonte ligada ao executivo açoriano ao Jornal Económico (JE). O Governo português já tinha negado à agência Lusa o encerramento do consulado, através de fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Na quinta-feira foi avançado pelo jornal “The New York Times” que o consulado de Ponta Delgada estava numa lista de 12 representações diplomáticas a encerrar durante o verão. De acordo com a publicação, que cita funcionários norte-americanos, entre os escritórios consulares afetados estão também Florença (Itália), Estrasburgo (França), Hamburgo (Alemanha) e alguns no Brasil.
Segundo o mesmo jornal, o encerramento de consulados alinha-se com os planos de Elon Musk, que o presidente Donald Trump colocou na liderança do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla inglês), de cortar drasticamente os gastos do governo.
O plano envolve o encerramento de departamentos e programas, demitindo funcionários federais em massa.
Refira-se que o consulado dos Estados nos Açores só foi formalmente estabelecido a 7 de julho de 1795. “Desde essa altura que existe um representante dos Estados nos Açores, fazendo com que este seja o mais antigo do mundo em operação contínua. Ao longo dos anos, houve agências consulares nas Flores, S. Jorge e Terceira. Em abril de 1899, o Consulado foi transferido para Ponta Delgada, permanecendo na Horta uma agência consular. Em 1918, e devido a medidas de guerra, as agências consulares da Horta e Terceira, fecharam”, refere o sítio da embaixada dos Estados Unidos em Portugal. A Cônsul dos Estados Unidos da América nos Açores, Margaret C. Campbell, iniciou funções a 1 de julho de 2022.
No que diz respeito aos Estados Unidos, refira-se que o Governo Regional dos Açores tem também preparado um plano de contingência para uma situação em que existia deportação de açorianos que residam nos Estados Unidos. O atual presidente norte-americano tem ameaçado com deportação dos Estados Unidos aqueles que não estejam documentados.
Esse plano Governo açoriano, como foi reportado pelo JE, incluía a criação de um grupo de trabalho envolvendo entidades públicas e da sociedade civil e também o envolvimento dos partidos com assento parlamentar na Assembleia Regional açoriana na elaboração deste plano de contingência.
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