O Governo não quer Portugal fora da corrida da Inteligência Artificial (IA) e aproveitou o palco principal da Web Summit para deixar isso bem claro. O primeiro-ministro Luís Montenegro subiu pela primeira vez ao Central Stage do MEO Arena para revelar as intenções de desenvolver um large language model (LLM).
E o que é um LLM? Modelos de base de IA treinados com grandes quantidades de dados para entender e gerar linguagem natural e outros conteúdos para executar várias tarefas. Colocando a situação de forma a que todos poderão entender: um ChatGPT, em português.
Embora o português de Portugal esteja a aparecer cada vez mais, é o português do Brasil que mais se destaca, seja nos modelos de linguagem ou, por exemplo, no Google Tradutor. Muitas vezes as primeiras pesquisas de temas em português dão uma resposta que encaminha para um site de origem brasileira.
A aposta, explicou Luís Montenegro, serve para “inovar em português, preservar o nosso idioma e a nossa cultura ao serviço da inovação”. Para o primeiro-ministro este é um “passo crítico” para que a inovação no território nacional continue a avançar até aqui.
Luís Montenegro revelou a intenção de avançar com estes LLM já no primeiro trimestre de 2025, ainda que não tenha ficado claro quando é que este vai ficar disponível para os consumidores nacionais.
“Sabemos que dessa maneira vamos conseguir hoje dar respostas que não conseguimos até ontem. Respostas inclusivas dando a cada aluno um tutor educativo de IA, adaptado aos nossos currículos para o deixar compreender o mundo”, apontou Montenegro no palco da Web Summit. Na visão do primeiro-ministro, este LLM vai também “dar a cada empresa a oportunidade de projetar os seus serviços numa era de IA também em português”.
São mais que startups e empresas, são unicórnios, a mítica criatura avaliada em mais de mil milhões de euros. E Lisboa já tem 14, um número que deverá continuar a crescer nos próximos anos.
Este foi o número que Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa deu quando subiu ao palco principal da Web Summit. O autarca lembrou em palco o pedido que tinha feito, tornar Lisboa a capital europeia da inovação, algo tornado realidade.
Com Lisboa cheio de potencial, o hub localizado no Beato (Hub Criativo do Beato) acolhe várias startups e empresas que sonham um dia atingir o estatuto. “Não acreditavam em nós, mas hoje temos 14 unicórnios com sede em Lisboa”, rematou.
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