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Huawei garante normal funcionamento dos seus dispositivos

Esta semana Donald Trump assinou uma ordem executiva que proíbe o uso de qualquer material da Huawei nos Estados Unidos e os resultados dessa medida já se começaram a fazer sentir, com a Google a suspender parte dos seus negócios com a gigante chinesa.
  • Ken Hu, chairman rotativo da Huawei
20 Maio 2019, 11h40

A empresa tecnológica e de infraestruturas de comunicações Huawei garantiu esta segunda-feira o normal funcionamento dos seus aparelhos – smartphones e tablets – com todas as atualizações de segurança e manutenção de serviços, apesar do anunciado corte no fornecimento de componentes e serviços da Google para o sistema operacional Android, também presente nos aparelhos da Huawei.

“A Huawei continuará a fornecer atualizações de segurança e serviços pós-venda para todos os produtos Huawei, smartphone, tablet e Honor, cobrindo os que foram vendidos e que ainda estão em stock“, fez saber a empresa em através de um porta-voz citado pela “Reuters”.

Esta foi a reação da empresa chinesa depois de a Google ter suspendido todos os negócios com a Huawei que exigem a transferência de produtos de hardware e software, à exceção daqueles cobertos por licenças de código aberto, conforme avançou no domingo a agência Reuters.

Esta semana Donald Trump assinou uma ordem executiva que proíbe o uso de qualquer material da Huawei nos Estados Unidos e os resultados dessa medida já se começaram a fazer sentir, com a Google a suspender parte dos seus negócios com a gigante chinesa.

Segundo a Reuters, a Huawei vai perder imediatamente acesso a atualizações do sistema operativo Android, e a próxima versão dos seus smartphones fora da China vai também perder acesso a aplicações e servios, incluindo o Google Play Store e o Gmail app.

A empresa chinesa, que é a segunda maior fabricante de smartphones do mundo depois da Samsung, assegurou também que continuará “a construir um ecossistema seguro e sustentável”

Mas apesar de garantir o normal funcionamento e segurança dos seus aparelhos, a empresa, quando questionada, não revelou o que aconteceria com os smartphones que venderá no futuro. Com este congelamento de venda de componentes e serviços da Google, os novos smartphones da Huawei poderão deixar de ter acesso aos serviços da Google, como Gmail, YouTube e o browser Chrome – a menos que uma licença especial seja emitida, segundo a “Reuters”.

O Jornal Económico já contactou os responsáveis pela comunicação tanto da Google como da Huawei em Portugal para perceber os efeitos da medida da Google na operação da empresa, mas até ao momento não obteve respostas.

Na China, os smartphones e tablets da Huawei não têm aplicações da Google, mas este último eisódio espoletado pela Casa Branca poderá prejudicar o apelo da marca junto dos consumidores fora da China.

Em 2018, a Huawei colocou 208 milhões de smartphones no mercado fora da China, sendo que a Europa é o mercado externo mais importante.

 

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