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Iberdrola contrata Goldman Sach para assessorar venda de empresa de energia eólica offshore

A avaliação do ativo é de cerca de 2 mil milhões de euros, de acordo com outras operações do mesmo sector e a transação é esperada para depois do Verão.
14 Julho 2023, 10h15

A Iberdrola mandatou o Goldman Sachs para assessorar a venda da sua maior empresa de energia eólica offshore. A empresa de eletricidade espanhola procura um parceiro para adquirir até 49% da sua central East Anglia Three, na Escócia, no âmbito do processo de rotação de ativos previsto no seu plano estratégico. Esta central é considerada a jóia da coroa da empresa. A notícia é avançada pelo jornal “Cinco Días”.

A avaliação do ativo é de cerca de dois mil milhões de euros, de acordo com outras operações do mesmo sector.

East Anglia 3 é um projeto eólico offshore ao largo da costa da Escócia. A construção começou no ano passado e está prevista até 2026, segundo a própria empresa citada pelo periódico. Está previsto que tenha uma capacidade de 1.400 MW (megawatts), o que o torna o maior projeto numa tecnologia que a Iberdrola colocou no centro da sua estratégia de crescimento das energias renováveis. É o suficiente para abastecer 1,3 milhões de casas, mais do que a população de Glasgow e Liverpool juntas, segundo o “Cinco Días”.

O ativo faz parte do macro complexo eólico offshore planeado pela Iberdrola na costa escocesa, o East Anglia Hub. Este parque – que inclui o East Anglia 3 e as suas duas versões anteriores – produzirá 2.900 MW e exigirá um investimento total de 6,5 mil milhões.

O mercado espera que a transação tenha início após o verão.

Nos últimos meses, a Iberdrola tem desenvolvido uma intensa estratégia de procura de parceiros para os seus projectos de energias renováveis. A ideia é alienar participações minoritárias nestes activos em troca de uma injeção de capital para financiar os seus planos de investimento em energias renováveis. Esta estratégia está a ser seguida como o prova a venda de 49% do parque renovável de Vikinger, no Mar Báltico, ao fundo EIP por 700 milhões. Mas também com a venda de uma percentagem igual da sua carteira de renováveis em Espanha, o projeto Romeo, ao Norges Bank por 600 milhões, que está agora a negociar a extensão da aliança para mais 500 MW.

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