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Imunologista norte-americano alerta que vacina contra Covid-19 pode ser apenas parcialmente eficaz

Segundo as estimativas de Anthony Fauci, uma vacina contra o novo coronavírus poderá ser apenas entre 50 a 60% eficaz, o que significa que será necessário que as medidas de prevenção continuem em vigor.
  • Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, e Donald Trump
8 Agosto 2020, 11h19

Uma vacina para reforçar o combate à pandemia da Covid-19 pode estar mesmo ao virar da esquina, mas para o especialista em doenças infeciosas, a eficácia da mesma poderá ser apenas parcial.

Segundo as estimativas de Anthony Fauci, uma vacina contra o novo coronavírus poderá ser apenas entre 50 a 60% eficaz, o que significa que será necessário que as medidas de prevenção (máscaras, distanciamento social, higienização, etc) continuem em vigor.

“Ainda não sabemos o nível de eficácia. Não sabemos se será de 50% ou 60%. Gostaria que fosse, pelo menos, 75% ou mais”, cita a “Reuters” as declarações do imunologista durante um webinar organizado pela Universidade de Brown. “Mas as chance da vacina ser 98% eficaz não são altas, o que significa que não podemos abandonar as políticas de saúde pública adotadas”, referiu.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem, atualmente, seis vacinas que se encontram em “estágios muito avançados” de desenvolvimento. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS considera que o facto de algumas das possíveis vacinas estarem na terceira fase dos seus ensaios clínicos é “encorajador” , embora tenha sublinhado que ainda é necessário aguardar pelos resultados finais dos testes.

rês das seis vacinas citadas por Tedros estão a ser desenvolvidas na China, enquanto que as restantes encontram-se a ser analisadas nos laboratórios das farmacêuticas americanas Pfizer, Moderna e da britânica AstraZeneca, esta última em colaboração com a Universidade de Oxford.

O director de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan , acrescentou que assim que algum dos candidatos apresentar bons resultados “a vacina será produzida e a população poderá ficar imune, mas devemos ter cuidado e estar atentos a possíveis efeitos eventos adversos antes de vacinar milhares de pessoas”, referiu também na conferência de imprensa.

A Covid-19 já infetou perto de 20 milhões de pessoas e matou mais de 724 mil, em todo o mundo. Existem 12 milhões de recuperados. Os Estados Unidos continua a representar o país com mais casos confirmados e mais fatalidades (cinco milhões de infetados e 164 mil mortes), seguindo-lhe o Brasil (dois milhões de infetados e 99 mil infetados) e a Índia (dois milhões de infetados e 42 mil mortos).

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