[weglot_switcher]

“Incompetência e má gestão”. FNAM diz que ministro da Saúde é responsável por caos das maternidades em Lisboa

A FNAM afirma que “ao todo, entre o HSM, o HBA, o HGO, o HSFX, o HC, hospital das Caldas da Rainha e o hospital de Leiria, contamos sete unidades centrais de Ginecologia-Obstetrícia vítimas diretas da incompetência, má gestão e de organização do Ministério da Saúde (MS)”.
25 Setembro 2023, 12h56

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, responsável pelo caos que se faz sentir nos serviços de ginecologia-obstetrícia na região de Lisboa. Em comunicado, a FNAM salienta que “o que era suposto ser um plano para fazer face ao encerramento temporário do serviço de Ginecologia-Obstetrícia no Hospital Santa Maria (HSM), em Lisboa, redundou num caos que ameaça deixar toda a região de Lisboa e Vale do Tejo sem resposta para as necessidades”.

O Governo fechou este serviço no hospital de Santa Maria para realizar obras nesta unidade, o que fez com que as grávidas fossem encaminhadas para o hospital São Francisco Xavier (HSFX), no entanto, e segundo a FNAM, a capacidade de internamento deste hospital não aumentou. No entanto face a esta necessidade as “unidades individuais de partos (box) passaram de seis para doze e onde até já se fazem dois partos por box com as utentes separadas apenas por uma cortina”.

“Com o Hospital Beatriz Ângelo (HBA) encerrado entre quinta e domingo, e o Hospital Garcia da Orta (HGO) entre sexta e domingo, o resultado foi que rapidamente o HSFX e o Hospital de Cascais (HC) esgotaram a sua capacidade, tendo ficado sem vagas de internamento o que obrigou à suspensão da realização de partos, uma vez que não havia capacidade instalada para poder internar as grávidas e os bebés”, revela a FNAM.

A FNAM afirma que “ao todo, entre o HSM, o HBA, o HGO, o HSFX, o HC, hospital das Caldas da Rainha e o hospital de Leiria, contamos sete unidades centrais de ginecologia-obstetrícia vítimas diretas da incompetência, má gestão e de organização do Ministério da Saúde (MS)”.

No entanto, o Governo já decidiu encaminhar grávidas de baixo risco do SNS para o sector privado, o que faz com que tenha de pagar aos “grandes grupos económicos três mil por cada parto vaginal”.

“É emergente a criação de condições para que os médicos fiquem no SNS, mas o Governo escolheu manter as más condições de trabalho e baixos salários, empurrando-os para o setor privado e para o estrangeiro”, considera a FNAM.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.