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Inflação no Reino Unido desafia expectativas e mantém-se nos 8,7% (com áudio)

Os economistas consultados pela “Reuters” previam que o índice de preços no consumidor recuasse para 8,4% em maio, afastando-se do máximo de 41 anos (11,1%) alcançado em outubro.  
21 Junho 2023, 08h58

A inflação no Reino Unido desafiou as expectativas de que iria abrandar em maio, mantendo-se nos 8,7%, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira. Os números são conhecidos um dia antes de o Banco de Inglaterra decidir uma nova subida das taxas de juro, que, a confirmar-se, será o 13.º aumento consecutivo.

Os economistas consultados pela “Reuters” previam que o índice de preços no consumidor recuasse para 8,4% em maio, afastando-se do máximo de 41 anos (11,1%) alcançado em outubro.

“Não hesitaremos em apoiar o Banco de Inglaterra numa altura em que tenta travar a inflação”, ao mesmo tempo que “disponibilizamos apoios” para responder ao aumento do custo de vida, afirmou Jeremy Hunt, ministro das Finanças britânico, citado pela agência de notícias.

O gabinete de estatísticas do Reino Unido revelou que a inflação core – um indicador que exclui os preços dos alimentos, energia, álcool e tabaco e que é considerado pelo banco central britânico nas suas decisões – subiu inesperadamente para 7,1% face a 6,8%, um máximo desde 1992.

Segundo a mesma entidade, o custo das passagens aéreas continuou a aumentar, estando num nível mais elevado do que é habitual em maio. Também o “custo dos carros usados, concertos e jogos de computador contribuíram para inflação se manter elevada”, indica.

O Banco de Inglaterra, assim como os outros bancos centrais, iniciou um ciclo de normalização da política monetária através da subida das taxas de juro. Esta quinta-feira, os responsáveis voltam a reunir-se e a expectativa é de que os juros subirão para 4,75% face aos atuais 4,5%.

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