A evolução da Inteligência Artificial (IA) e as oportunidades e desafios que acarreta foram um dos temas abordados pelo painel que teve como tema ‘Generative AI para humanização das organizações’ e que contou com a presença de Bruno Castro, CEO da VisionWare, Miguel Fernandes, consulting partner da PwC e Vera Rodrigues, Head of People da Sonae MC, com a moderação a cargo do diretor do Jornal Económico, Filipe Alves,
A humanização da tecnologia foi debatida durante a conferência “Generative AI: do ChatGPT ao dia-a-dia das organizações”, que visa debater os benefícios potenciais da inteligência artificial generativa e que decorre esta quinta-feira, 29 de junho, promovida pelo Jornal Económico e a Wiimer, empresa ligada à Inteligência Artificial.
“Do ponto de vista de experimentação a Inteligência Artificial é um acelerador inacreditável para poder ser utilizado e que vai marcar as organizações. É uma tecnologia que em cinco dias teve um milhão de utilizadores, hoje são mais de dez milhões em dois meses. Humanizar significa que as pessoas têm de entender que isto é um acelerador com enorme potencial, mas como tal é também é um risco. O que antes se levava um dia a fazer, agora faz-se em segundos”, referiu Miguel Fernandes, consulting partner da PwC.
Por sua vez, Bruno Castro, CEO da VisionWare, considerou que vê a transformação da IA a nível corporativo através da criação de rápidas dinâmicas com os colaboradores da sua empresa.
“Temos evoluído para processar a informação mais rapidamente, o que acarreta riscos. Estamos a falar de 24h durante sete dias da semana. Saber que alguém está a fazer algo que não devia estar a fazer. Perceber quando algo se movimenta no mundo cibernético e que pode tornar-se uma ameaça. O grande desafio vai ser sem dúvida a capacidade de reação para prevenir os problemas”, salientou.
Já Vera Rodrigues, Head of People da Sonae MC, destacou o facto de não haver nenhuma dicotomia entre a gestão mais humanizada e uma gestão mais efetiva da tecnologia.
Esta perspetiva da Inteligência Artificial neste estado de desenvolvimento degenerativo tem a vantagem de tirar da frente das pessoas aquilo que elas não gostam de fazer. Por exemplo, ninguém gosta de criar currículos. Isto permite melhorar a experiência das pessoas nas organizações e fazer com que elas gostem de trabalhar nas mesmas”, sublinhou.
Para a responsável da Sonae MC o grande problema está no facto de o mundo estar a mudar a uma velocidade exponencial, e do ser humano não conseguir mudar a essa mesma velocidade, o que provoca uma “incompatibilidade destes dois ritmos”, chamando também a atenção para a forma em como o ser humano se vai adaptar ao fenómeno do ChatGPT.
“Esta é uma onda que não vai parar. Se cada um de nós começar a pensar quais são as coisas que não gosta de fazer, pode ter aí um trigger sobre aquilo que o ChatGPT pode fazer”, afirmou.
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