[weglot_switcher]

Universidade Europeia vai ter novo campus no Parque das Nações em Lisboa

Carlos Bertrán, diretor-geral do Europa Education Portugal, revela ao JE que o novo polo no Oriente Green Campus, edifício gerido pela Norfin, vai juntar-se aos atuais campus da Quinta do Bom Nome e Lispolis, em Lisboa. Mudança pode avançar parcialmente já este ano. O campus de Santos encerrará em setembro de 2025.
8 Maio 2024, 07h30

O grupo Europa Education, detentor em Portugal da Universidade Europeia, IADE e IPAM, vai ter um novo polo no Oriente Green Campus, no Parque das Nações. Carlos Bertrán, diretor-geral da Europa Education Portugal, revela ao Jornal Económico (JE) que a abertura do campus está prevista para o ano letivo 2025/26, com possibilidade de abertura parcial já em setembro deste ano.

“Trata-se de um salto no projeto do Europa Education em Portugal, mais concretamente, em Lisboa”, afirma o gestor, considerando-o “um passo decisivo no caminho da inovação, qualidade, dinamismo”. Este edifício, salienta “é a peça essencial para impulsionar o projeto em Portugal e vem permitir sustentar o posicionamento que a instituição tem vindo a construir”.

A Universidade Europeia tem, atualmente, três polos em Lisboa: Quinta do Bom Nome, Lispolis e Santos, neste último funciona o IADE – Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia, e IPAM no Porto.

“As novas instalações são incorporadas e juntamente com as existentes fortalecerão a presença das instituições do Europa Education em Lisboa e facilitarão a implementação plena do modelo académico único e diferenciado que caracteriza o grupo educativo”, adianta Carlos Bertrán.

O Oriente Green Campus é detido por um fundo que representa a Orion Capital Managers e gerido pela Norfin SGOIC. O contrato foi assinado no início de abril e tem o prazo de 20 anos.

O novo campus ocupa 17 mil m2 de espaço para salas de aula, laboratórios, cafetaria, biblioteca, zonas de convívio, áreas de estudo e simulação, quase metade do total do edifício com 42.100 metros quadrados de área interior e 19.700 metros quadrados de zonas exteriores. Idealizado para estar na vanguarda da sustentabilidade (com certificações LEED Platinum e WELL Platinum), com a eficiência energética e o wellbeing no topo das suas prioridades, o edifício deverá estar concluído no segundo trimestre de 2024.

“As necessidades do inquilino fizeram com que procedêssemos a alterações na infraestrutura, o que resulta em dois edifícios autónomos dentro do Oriente Green Campus”, revela Henrique Rodrigues da Silva, COO do Grupo Norfin.

Por seu turno, Gauthier Renaud, partner da Orion Capital Managers, que representa o participante do Fundo Multiusos Oriente, proprietário do edifício, destaca: “Esta parceria sublinha o compromisso em apoiar a excelência educacional através de um edifício sustentável e inovador. Este mandato inicial, que ocupará uma secção independente do edifício, marca um passo significativo em direção ao reposicionamento bem-sucedido do ativo que, em breve, também acomodará inquilinos corporativos de primeira linha.”

O Europa Education é desde abril maioritariamente detido pelo fundo sueco de capital de risco EQT. Em Portugal, o grupo detém a Universidade Europeia (da qual faz parte o IADE) e o Instituto Superior de Administração e Marketing (IPAM). A aposta no online consubstancia-se na Universidade Europeia Online (UEO). Em Espanha tem a Universidad Europea de Madrid, Universidad Europea de Valencia, Universidad Europea de Canárias e a Escuela Universitaria Real Madrid. Nos seus nove campus – Lisboa, Porto, Madrid, Valência, Santa Cruz de Tenerife e La Orotava – estudam cerca de 34 mil alunos em cerca de  200 cursos que cobrem todas as áreas  áreas de conhecimento – Ciências da Saúde e do Desporto, Ciências Sociais, Direito, Arquitetura, Humanidades e STEAM.

Carlos Bertrán, diretor-geral do grupo Europa Education Portugal, ao JE

Que Escolas/áreas de estudo vão mudar para o Oriente Green Campus? 

Todos os nossos campus estão preparados para implementar o nosso modelo académico de aprendizagem experiencial dentro e fora da sala de aula. Atualmente, estamos a analisar as diferentes alternativas que esta expansão nos oferece, pensando sempre no maior benefício para os nossos estudantes, em função do tipo de programas que estudam.

Quando está previsto mudar?

O plano inicial é a abertura em setembro de 2025, correspondente ao ano letivo 2025/2026, no entanto, estamos empenhados em envidar todos os esforços para uma possível inauguração parcial já em setembro de 2024.

O grupo vai manter quatro campi na cidade de Lisboa (o novo Oriente Green Campus, Lispolis, Quinta do Bom Nome e Santos) ou é vosso objetivo juntá-los todos num só campus, no futuro? O Oriente Green Campus será esse espaço? Em caso afirmativo, o que vão fazer com os edifícios do Bom Nome e da Lispolis?

Como temos vindo a transmitir, o importante não é o número de polos, mas a possibilidade de ter campus de alto nível que permitam a implementação do modelo académico experiencial. Todos os campus são importantes para nós, cada um com as suas características, e é por isso que temos uma variedade de campus e zonas dentro da cidade. Aos atuais campus da Quinta do Bom Nome e Lispolis, em Lisboa, e do IPAM, no Porto, juntar-se-á o Oriente Green Campus, no Parque das Nações (Moscavide). O campus de Santos encerrará em setembro de 2025.

Qual o racional de dispersar ainda mais a comunidade da Universidade Europeia pela cidade de Lisboa?

O nosso modelo académico assenta nos pilares da aprendizagem experiencial e colaborativa, o que significa que, para viver plenamente esta experiência, os nossos estudantes devem dispor de um espaço que lhes ofereça tecnologia, espaço e dinamismo. A procura por um novo espaço reflete a importância que damos a ambientes modernos, inovadores e tecnologicamente avançados. Assim, não se trata de dispersar, mas de expandir e reagrupar por programas em diferentes campus.

A necessidade de expansão é, além disso, um forte indicador do sucesso do projeto em Portugal. Sempre investimos em infraestruturas, tecnologia e pessoas e, nesta fase, é essencial poder responder à procura crescente de estudantes que, ano após ano, nos escolhem como opção para a sua formação universitária.

O que quer dizer com a expressão “expansão significativa do seu projeto educativo” com a mudança para o Green Campus? Vão aumentar os cursos? O número de alunos?

O Ensino Superior está a evoluir em Portugal, tanto em qualidade como em número de estudantes, sejam nacionais ou internacionais. Como grupo de ensino superior privado líder na Península Ibérica, temos a grande responsabilidade perante os nossos estudantes e a sociedade de contribuir para este desenvolvimento a partir de um modelo único, centrado no aluno e caracterizado pela inovação e qualidade académica, exigida pelo mundo profissional atual. Este é o nosso compromisso para com os nossos estudantes e colaboradores. Assim, esta expansão não significa apenas novas instalações, mas é um salto em frente no projeto Europa Education em Portugal, mais concretamente em Lisboa. É um passo decisivo no caminho da inovação, da qualidade e do dinamismo.

O novo campus permite-nos implementar definitivamente o nosso modelo académico nas instituições em Portugal e os nossos pilares, oferecendo o espaço necessário para inovar, criar, conectar, colaborar…, é uma forma diferente de viver uma experiência académica. Além disso, o novo campus permitirá uma distribuição mais eficiente e alargada de alunos e funcionários. Este projeto é o que nos permitirá sustentar o posicionamento que temos vindo a construir como uma universidade moderna, inovadora, dinâmica e de vanguarda.

 

 

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.