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Legislativas: JPP reconhece “nervosinho miudinho” mas está confiante na eleição

“Acima de tudo, nesta reta final, o que eu gostaria de pedir aqui à população madeirense e porto-santense é que depositem confiança no JPP porque seguramente vamos fazer história”, disse o cabeça-de-lista da força partidária pela Madeira, Filipe Sousa.
Filipe Sousa, líder do JPP e presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz
15 Maio 2025, 13h13

O cabeça de lista do JPP pelo círculo da Madeira às eleições legislativas, Filipe Sousa, disse hoje estar confiante de que o partido vai fazer história no domingo, reconhecendo, porém, que sente um “nervosinho miudinho”.

“Acima de tudo, nesta reta final, o que eu gostaria de pedir aqui à população madeirense e porto-santense é que depositem confiança no JPP porque seguramente vamos fazer história”, afirmou.

Filipe Sousa falava aos jornalistas numa visita ao Mercado de Câmara de Lobos, concelho contíguo ao Funchal a oeste, no penúltimo dia de campanha eleitoral para as eleições legislativas de domingo.

O candidato assegurou estar confiante, mas ressalvou: “Vou ser muito sincero como costumo ser, eu já estou com um nervosinho miudinho”.

O cabeça de lista do JPP justificou esse sentimento com “o peso da responsabilidade” que advém das expectativas da população e também dos comentadores políticos e da perceção de que o partido, nascido na Madeira, poderá eleger pela primeira vez à Assembleia da República.

“Somos um partido nacional, é verdade, mas temos a nossa sede, o nosso nascer foi precisamente na região. E é precisamente essa voz que falta na República, plantar esta semente do sentido de comunidade, de solidariedade e acima de tudo de tolerância”, vincou.

Filipe Sousa reafirmou que o JPP não tem “comandos em Lisboa” como os restantes partidos e assegurou que, apesar de não ter uma “varinha de condão” para resolver todos os problemas do país, quer ser “porta-voz das pessoas que têm ficado à margem”.

“Ainda ontem [quarta-feira], encontrei um casal de jovens que estão a tratar dos papéis, diziam eles, para emigrar, porque o curso que tiraram não tem oportunidades de emprego na região e muito menos no país”, lamentou.

O cabeça de lista assinalou, por outro lado, que há “um clima de guerrilha entre partidos e ataques pessoais”, tanto na política nacional, como regional.

“Os partidos desligaram por completo do dia-a-dia das pessoas. E surgem problemas na saúde, surgem problemas na educação, surgem problemas na imigração, na habitação”, afirmou, considerando que isso acontece porque o Estado e os governos falharam.

O JPP nasceu de um movimento de cidadãos no concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, cuja autarquia lidera desde 2013 com maioria absoluta, e tornou-se partido em 2015, ano em que elegeu cinco deputados ao parlamento regional.

Filipe Sousa é um dos fundadores e ex-presidente do partido, mas atualmente não assume nenhum cargo de dirigente, sendo presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz desde 2013, função que suspendeu em 07 de abril para encabeçar a lista às legislativas.

O JPP concorre em 10 círculos eleitorais: Coimbra, Braga, Faro, Setúbal, Porto, Lisboa, Madeira, Açores, Europa e Fora da Europa.

Nas eleições legislativas de 10 de março do ano passado, obteve 19.145 votos (0,31%), não conseguindo eleger nenhum deputado.

O círculo da Madeira elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente têm assento três representantes do PSD, dois do PS e um do Chega.

Na Região Autónoma da Madeira, o JPP obteve o melhor resultado de sempre nas legislativas regionais antecipadas de março deste ano, com 11 deputados, e tornou-se líder da oposição ao ultrapassar o PS.

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