Discretamente publicados no site da Fidelidade estão os resultados da companhia de seguros líder de mercado em Portugal. Em 2024 a Fidelidade registou lucros de 173 milhões de euros, o que traduz uma queda de 3,8% face aos 180 milhões registados em 2023.
Por outro lado, os prémios brutos emitidos (GWP – Gross Written Premiums) consolidados atingiram os 6.172 milhões de euros, ou seja, houve um aumento de 18,5% face ao ano anterior, sustentado pelas operações portuguesas (+23,7%) e pelo negócio Vida Internacional (+14,2%).
Os prémios consolidados do ramo Vida aumentaram 30,1% para 3.000 milhões de euros, impulsionados pelo crescimento nacional e internacional. A expansão a dois dígitos do negócio de Unit-Linked da The Prosperity Company e do ramo Vida Risco do Grupo La Positiva (no Peru) impulsionaram o aumento homólogo dos prémios do ramo Vida Internacional (+14,2%).
O negócio Vida Portugal registou um crescimento de 37,6% face ao período homólogo, suportado pelo sucesso das campanhas de bancassurance da Life Financial, pelo crescimento da aplicação Fidelidade MySavings e pelos canais tradicionais da rede de agentes.
O Peru significa 12% das vendas do grupo através da La Positiva Vida e da Positiva Não Vida
Os prémios consolidados de Não Vida atingiram 3.172 milhões, um crescimento de 9,3% face ao período homólogo, impulsionado pelo aumento de 12,5% nas operações em Portugal. Em Portugal, as quatro principais linhas de negócio – Acidentes de Trabalho, Saúde, Automóvel e Incêndio e Outros Danos – registaram expansões significativas, suportadas pelas iniciativas de repricing em curso e pelo crescimento orgânico sustentado.
Os prémios do ramo NãoVida na área internacional cresceram 2,9%, principalmente devido à expansão da operação no Chile.
A desvalorização da moeda local afectou negativamente as receitas (prémios) denominadasem euros, especialmente em Angola e no Chile. Teriam crescido 6,8% excluindo os impactos cambiais.
Em 2024, a Fidelidade reforçou a sua posição de liderança no mercado português com uma quota global de 30,2%, um aumento de 0,6 p.p. face ao ano anterior. Esta evolução foi impulsionada pelos segmentos Vida e Não Vida, que cresceram 0,6 p.p. e 0,5 p.p. face ao período homólogo, atingindo quotas de mercado de 31,0% e 29,5%, respetivamente.
Rogério Campos Henriques, Presidente Executivo da Fidelidade, comentou os resultados no documento publicado no site, dizendo que “em 2024 a Fidelidade alcançou um progresso significativo no sentido da consolidação dos blocos de construção da nossa estratégia de longo prazo. O nosso foco no desempenho técnico levou a um Rácio Combinado de 91,6%”.
“Simultaneamente, o nosso esforço de distribuição multicanal resultou num forte crescimento dos prémios e no reforço da nossa posição de liderança em Portugal”, acrescenta o CEO.
“Adicionalmente, a nossa estratégia de otimização de capital completou etapas significativas: a emissão bem sucedida de dívida subordinada Tier 1 de 500 milhões, o upgrade da notação de crédito da Fitch de A- para A, e a implementação do portfolio de ativos. Fitch do rating de crédito da Fidelidade de A- para A, e a implementação da alocação estratégica de ativos do portefólio, melhorando o seu perfil de risco-retorno”.
Rogério Campos Henriques continua dizendo que “embora as nossas fontes recorrentes de lucros se tenham fortalecido em 2024, o nosso resultado de investimento foi inferior principalmente devido a imparidades imobiliárias. Assim, o lucro líquido de 2024 foi ligeiramente inferior ao do ano anterior”.
O CEO diz que “conseguir retornos de investimento sólidos e a longo prazo – apoiados pelo ajustamento estratégico em curso da afetação de activos – será um esforço central em 2025″.
“Para além disso, continuaremos decididos a manter a disciplina técnica e a obter eficiências operacionais adicionais. A otimização do balanço continuará também a ser uma prioridade estratégica fundamental, com várias oportunidades em preparação este ano”, acrecsenta.
“Por último, estou particularmente orgulhoso pelo facto de, três anos após o desenvolvimento da estratégia ESG da Fidelidade, a sustentabilidade ser uma componente enraizada do nosso modus operandi. Em 2025, continuaremos a trabalhar para cumprir os nossos compromissos ESG, com foco na longevidade e nas alterações climáticas, temas fundamentais para a nossa sociedade”, conclui o CEO.
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