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Lucros da Jerónimo Martins crescem 59% para os 140 milhões no primeiro trimestre

Os lucros da Jerónimo Martins subiram 59,1% para 140 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. As vendas aumentaram 23,4% para 6,8 mil milhões de euros.
26 Abril 2023, 17h21

Os lucros da Jerónimo Martins cresceram 59,1% para 140 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, informou a retalhista em comunicado enviado à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) esta quarta-feira.

As vendas crescem 23,4% para 6,8 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA aumentou 20,1% para 446 milhões. A margem EBITDA fixou-se nos 6,6% (6,7% no primeiro trimestre de 2022) e o cash flow foi negativo em 226 milhões de euros. A dívida líquida está nos 1,8 mil milhões de euros.

O líder da Jerónimo Martins diz que dois meses de guerra mostram que subida de preços de produtos alimentares ou energia “será muito superior” ao que se perspetivava no início do ano.

O grupo registou uma forte dinâmica de arranque de ano, alavancada no momentum positivo das vendas, apesar de, nos primeiros três meses de 2023, o consumo se ter mantido pressionado pelos efeitos da inflação. “Ainda assim, importa referir que os comparativos face ao ano transato tornar-se-ão mais exigentes a partir do segundo trimestre 23, à medida que a comparação se faça com valores de 2022 que incorporaram aumentos de preços alimentares progressivamente mais intensos”, refere o grupo.

Face ao atual contexto, “a nossa estratégia mantém-se inalterada, com a competitividade de preços a assumir-se como variável ainda mais crítica para garantir a preferência do consumidor, proteger volumes e mitigar a tendência de trading-down”. Esta estratégia permitiu um forte desempenho, no período, em todos os países em que operamos. Na Polónia, a Biedronka aumentou volumes e mitigou o impacto sobre o seu crescimento Like-for-Like (LFL) da substituição por produtos de menor preço.

Já em Portugal e na Colômbia, o Pingo Doce e a Ara registaram aumentos nas vendas do mesmo parque de lojas apesar da aceleração do trade-down no trimestre ter impactado as respetivas taxas de crescimento.

Tal como antecipado, e refletindo a pressão sobre a margem bruta exercida pelo investimento em preço realizado por todas as insígnias de retalho alimentar, a margem EBITDA do Grupo caiu 18p.b. em relação ao 1T 22 para os 6,6%. “No entanto, o forte desempenho de vendas, resultante da intensa dinâmica comercial e do reforço da competitividade dos preços das nossas insígnias, impulsionou um sólido crescimento do valor do EBITDA.

O bom desempenho operacional do Grupo preservou a solidez do balanço, apesar da normal sazonalidade que implica fluxos de aixa negativos ao nível do capital circulante no primeiro trimestre de cada ano, após uma bem-sucedida época de Natal. No final de março, o Grupo apresentava uma posição líquida de caixa (excluindo responsabilidades com locações operacionais capitalizadas) de cerca de mil milhões de euros.

A Assembleia Geral de Acionistas realizada no passado dia 20 de abril aprovou a distribuição de 345,6 milhões de euros a título de dividendos, correspondentes a 0,55 euros por ação (valor bruto), a pagar no dia 17 de maio e referente ao exercício do ano passado.

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