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Lucros do Novobanco sobem mais de 21% para 180,7 milhões no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2023, o Novobanco tinha obtido lucros de 148,8 milhões de euros.
2 Maio 2024, 07h22

Os lucros do Novobanco cresceram 21,8% no primeiro trimestre até aos 180,7 milhões de euros. No período homólogo, o banco liderado por Mark Bourke tinha atingido resultados positivos de 148,8 milhões.

A rentabilidade dos capitais próprios atingiu os 18,4%, sendo que em termos de RoTE (rentabilidade dos capitais próprios tangíveis) é de 17,3%.

O banco volta a dizer que o resultado foi “suportado por um sólido e diversificado modelo de negócio, com um forte franchising de crédito a empresas e de crédito habitação de baixo risco, e elevada adoção do digital”.

A margem financeira ascendeu a 299 milhões de euros, depois dos 246,3 milhões do mesmo período do ano anterior. Já a taxa de margem financeira foi de 2,88%, quando os primeiros três meses de 2023 foi de 2,34%. O Novobanco explica que esta subida aconteceu em “resultado do ambiente favorável das taxas de juro e da eficiente gestão das taxas de juro dos ativos e do custo do financiamento”.

As comissões ascenderam aos 75 milhões de euros nos primeiros três do ano, significando um aumento de 8,8% face aos 68,9 milhões registados em igual período do ano passado. Explica o banco que este crescimento espelha “o sólido modelo de negócio do Novobanco, com a base de clientes a crescer 7,5% em termos homólogos, e com a gestão de meios de pagamento a apresentar um consistente dinamismo devido às iniciativas desenvolvidas”.

Com isto o bancário bancário ascendeu a 371,6 milhões de euros no trimestre, crescendo 14,9% num ano.

Do lado dos custos operativos houve um significativo aumento de 6,3% para 119 milhões de euros, face ao período homólogo, mas o banco destaca a queda de 0,7% em relação à média do ano passado.

O Novobanco justifica o aumento dos custos com “o contínuo investimento estratégico na transformação digital, otimização e simplificação da organização, e, por outro lado, os efeitos da inflação”.

A inflação explica que os custos com pessoal tenham subido 8,6% para 63,3 milhões e que os gastos gerais administrativos tenham subido para 44,4 milhões de euros (+1,4%).

Apesar da subida dos custos as receitas permitiram que o rácio de eficiência (cost-to-income) melhorasse para 32,0% (era 34,2% no primeiro trimestre de 2023).

“O banco apresentou um sólido conjunto de resultados em linha com as expetativas. Continuamos a cumprir consistentemente a nossa estratégia, com crescimento sustentado da atividade e dos resultados, e operações eficientes destinadas a apoiar famílias e empresas, ao longo da sua vida”, refere o CEO Mark Bourke, citado em comunicado.

O Novobanco destaca o “perfil de risco estável, com o montante afeto a imparidades e provisões a totalizar 27,9 milhões de euros o equivalente a um custo do risco de 34 pontos base (0,34%)”.

As imparidades para crédito caíram num ano 6,6% para 24,3 milhões.

A explicar esta descida está a melhoria da qualidade da carteira de crédito. Os créditos não produtivos (NPL) caíram 2,8% no primeiro trimestre até aos 1.090 milhões de euros, com o rácio líquido a perder 0,5%, “beneficiando da descida do rácio de NPL (4,3%) e do aumento do nível de cobertura (88,8%)”.

No balanço, o Novobanco reporta que os empréstimos situaram-se em 28,3 mil milhões de euros, num crescimento homólogo de 0,8%, “com o valor líquido de 27,1 mil milhões a representar cerca de 60% dos ativos totais”. Por sua vez, a originação do crédito a clientes atingiu 1,1 mil milhões de euros, tendo sido suportada pela captação de clientes, tendo sido parcialmente mitigada pelo aumento das amortizações”.

Com isto, atingiu uma quota de mercado de 10,3% em fevereiro, “espelhando a forte presença do banco no mercado português.

Por outro lado o saldo médio dos depósitos de clientes aumentou para 30,1 mil milhões de euros com uma taxa de remuneração de 1,54% muito superior à do trimestre homólogo do ano anterior que foi de 0,39%.

O banco fala ainda no saldo dos recursos monetários que foi de 5,4 mil milhões com uma taxa de remuneração de 4,09%.

Em termos de capitalização o Novobanco registou um rácio de capital CET1 de 19% (na versão fully loaded) e um rácio de solvabilidade total de 21,8%.

Destaque ainda para os requisitos de passivos elegíveis para usar em caso de resolução. No dia 29 de abril de 2024, o banco foi notificado pelo Banco de Portugal sobre os seus novos requisitos de MREL, numa base consolidada, de tal forma que, “a partir de 1 de janeiro de 2025, o requisito de fundos próprios e passivos elegíveis será equivalente a 24,01% do total de ativos ponderados pelo risco (TREA), adicionado do requisito combinado de reserva de fundos próprios então aplicável; e 5,91% da exposição do rácio de
alavancagem (LRE)”.

O banco considera que estes requisitos estão em linha com as suas expetativas, “encontrando-se a 31 de março de 2024 com uma posição de MREL superior ao novo requisito”.

(Atualizada)

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