A DBRS atribuiu uma notação de BB alto à Região Autónoma da Madeira, na passada segunda-feira, deixando a ilha no nível de “lixo”, colocando o investimento num nível de especulação. Entre as referências à dívida regional e a exposição ao turismo, estes foram os pontos altos da análise efetuada pela agência de notação financeira ao desempenho económico e financeira da região.
Elogios
O “forte compromisso” da região autónoma em monitorizar os seus níveis de dívida
Descida dos níveis da dívida regional deve acontecer em 2022
Receitas operacionais devem subir em 2021
O “sólido” crescimento do PIB da Madeira, bem como o aumento das receitas fiscais, antes de 2020 (antes da pandemia), suportaram a descida a dívida regional
Redução do custo da dívida da região nos últimos anos
Garantias do Estado continuam a suportar a redução dos custos de financiamento da região autónoma
Recuperação gradual do turismo está em andamento, e a “eficiente” gestão do sistema de saúde pelas autoridades regionais.
Fundos europeus poderão ajudar na recuperação económica da região
Implementação de reformas na gestão da administração pública, e disponibilidade em continuar a fazê-lo
O suporte do governo nacional
Alertas
Incerteza sobre o timing da recuperação do turismo
Elevados níveis de dívida direta e indireta
Concentração económica, da região, no setor terciário, em particular no turismo
Dívida da Madeira deve melhorar em 2021, mas os níveis devem permanecer elevados
Aumento do défice para 14% em 2020, com crescimento para os 20%, em 2021, devido aos efeitos da pandemia da Covid-19.
A “larga exposição” do executivo regional às empresas regionais, apesar de salientar que esta exposição “tem diminuído” nos anos recentes.
Os níveis de dívida continuam a representar o “principal constrangimento” para o rating da região.
A “disrupção” económica, na Madeira, que aconteceu em 2020, devido à exposição em cerca de 20% no turismo, e à insularidade.
Baixos fluxos turísticos tiveram “consequências adversas” nos restaurantes e hotéis
A evolução do turismo da Madeira, estará dependente também da evolução dos sistema de saúde, em particular os da Europa, por serem a “principal fonte” de turistas para a região autónoma, onde se incluem países como a Alemanha, Reino Unido e França.
Fatores de melhoria do rating
Vontade da região em manter o esforço de desalavancagem alicerçado numa “forte” performance fiscal;
Melhoria do rating de Portugal;
Melhoria dos indicadores económicos mais cedo do que inicialmente previsto;
Melhoria da sua resiliência e diversificação económica; e um fortalecimento da relação entre os governos regional e nacional.
Fatores para redução do rating
Queda no rating da República
Falha da região na estabilização da sua performance financeira e nos seus indicadores da dívida no médio prazo
Se existir indicadores de que o suporte financeiro e a supervisão do governo central enfraquecerem
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