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Marcelo admite que portugueses foram enganados sobre vacina da gripe e pede que não se eleve expectativas com vacina da Covid

“Reconheci que disse baseado naquilo que era a convicção da senhora ministra da saúde que ela própria também não esperava aquele movimento que existiu”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a vacina da gripe.
  • Rui Ochoa / Presidência da República / Lusa
21 Dezembro 2020, 22h36

Marcelo Rebelo de Sousa assumiu que os portugueses foram enganados sobre a quantidade de vacinas para a gripe e pediu que as expectativas dos portugueses não fossem elevadas quanto à vacina da Covid-19.

Em resposta a Miguel Sousa Tavares, jornalista da TVI que está em quarentena, Marcelo admitiu: “é verdade, os portugueses foram enganados e eu já reconheci isso numa entrevista” relativamente ao número de doses da vacina para a gripe. No passado, tanto o Presidente da República como a ministra da Saúde afirmaram existir vacinas para todos os portugueses.

“Reconheci que disse baseado naquilo que era a convicção da senhora ministra da saúde que ela própria também não esperava aquele movimento que existiu”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.

Desta vez, com a vacina da Covid-19 o processo está a ser diferente. “Empenhei-me em falar com os produtores de vacinas , daquelas duas primeiras que vão chegar para informar exatamente daquilo que eram não apenas os quantitativos em termos de vacinas, as condições de tomas, das duas tomas das duas vacinas que estão em causa, a Pfizer e Moderna e depois acompanhei o melhor que pude o planeamento que foi anunciado pelo coordenador”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Apesar do acompanhamento do Presidente, explica que “aquilo que tenho insistido é o seguinte : não elevar expectativas dos portugueses porque começa a vacinar-se no dia 27, é verdade, os profissionais de saúde e o primeiro grupo de risco, a primeira toma. A segunda toma será 30 dias depois portanto ninguém está cabalmente vacinado com duas tomas antes do final de janeiro”.

“Espero que o primeiro grupo, são 900 mil, sejam vacinados para depois ser vacinado e o que está previsto que é o calendário móvel, a senhora ministra da saúde tem tido, o calendário móvel que pode terminar em março ou abril o que eu espero é que não escorregue para além de março, abril porque um segundo grupo de risco não é por ser o meu porque eu sempre entendi que os titulares de órgãos não deviam passar á frente, nem os candidatos presidenciais, mas o problema é que escorrega o segundo grupo”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa.

O recandidato à presidência salientou que “o quantitativo de vacinas a nível europeu está garantido”. “A União Europeia acaba de começar o direito de opção e comprar o dobro de vacinas à moderna, porquê? porque a Astrazeneca está atrasada e porque a Johnson & Johnson está atrasada e para compensar, está a compensar com a Pfizer e com a Moderna.

“Agora, chamo à atenção dos responsáveis. Não há duvidas que o plano está lá que há 1200 centros de saúde , está tudo preparado para na hora atuar, mas há um momento em que por exemplo vai haver quem esteja a tomar a segunda toma e outros ao primeiro tempo a ter a primeira toma e portanto isto significa o dobro das pessoas”, destacou.

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