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Marcelo condecorou António de Spínola em segredo

Presidência da República escolheu condecorar todos os membros da Junta de Salvação Nacional. Spínola e Costa Gomes receberam o Grande Colar da Ordem da Liberdade, enquanto os outros quatro nomes receberam o Grande Oficial da Ordem da Liberdade.
10 Abril 2024, 07h49

O Presidente da República condecorou os marechais António de Spínola e Francisco Costa Gomes, os primeiros Presidentes da República após o 25 de Abril, mas a condecoração não foi tornada pública, segundo o “Público”. A mesma publicação adiantava, ao dia de ontem, que Marcelo Rebelo de Sousa iria condecorar todos os membros da Junta de Salvação Nacional este ano, em função da celebração dos 50 anos do golpe de Estado.

Conta o “Público” que a condecoração aconteceu, em segredo, no ano passado. Spínola, o primeiro Presidente da República depois do 25 de Abril foi condecorado a 5 de julho do ano passado, seguido de Francisco da Costa Gomes. Ambos foram distinguidos postumamente com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, a mais alta insígnia da Liberdade.

Ao jornal, fonte da Presidência referiu que todos os condecorados pela Presidência da República constam no site das Ordens Honoríficas, mas não adiantou a razão destas condecorações não terem sido tornadas públicas, ao contrário das distinções das 20 personalidades ligadas ao 25 de Abril a 16 de maio de 2023.

Além destes generais, Marcelo Rebelo de Sousa escolheu condecorar todos os membros da Junta de Salvação Nacional no dia seguinte, a 6 de julho. O almirante Rosa Coutinho, o general Jaime Silvério Marques, Carlos Galvão de Melo e Diogo Neto receberam a distinção de Grande Oficial da Ordem da Liberdade, um grau inferior ao título de Spínola e Costa Gomes.

O presidente da Associação 25 de Abril apenas tinha proposto a condecoração de António de Spínola, Francisco da Costa Gomes e Rosa Coutinho, com Marcelo a alargar a condecoração. Na altura, a intenção de alargar a condecoração a todos os membros da Junta de Salvação Nacional gerou polémica, com várias personalidades a defenderem que a condecoração de Spínola seria “uma afronta” devido à criação do movimento político MDLP (Movimento Democrático pela Libertação de Portugal). Francisco Louçã (fundador do BE), Fernando Rosas (historiador e fundador do BE), Carlos Brito (antigo líder parlamentar do PCP), o historiador Manuel Loff o jurista Domingos Lopes assinaram a carta contra esta condecoração.

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