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Marisa Matias fecha campanha com apelos a “vermelho em Belém”: “a solidariedade vai vencer o ódio”

A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda recordou a defesa que tem feito dos serviços públicos, especialmente do SNS, durante uma crise que é “o jogo das nossas vidas”, como defende. O ódio e o medo que alguns candidatos tentaram usar durante a campanha também mereceu fortes reparos.
  • Paula Nunes/BE
22 Janeiro 2021, 22h35

Marisa Matias encerrou esta sexta-feira a sua campanha presidencial com um evento online realizado no Convento de São Francisco, em Coimbra, onde reforçou várias vezes que “a solidariedade vai vencer o ódio” no próximo domingo.

Numa campanha que a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda classificou como “muito mais interessante e desafiante do que muita gente quis antever”, Marisa Matias sublinha a defesa que fez dos serviços públicos, sobretudo do Sistema Nacional de Saúde (SNS), dos direitos dos trabalhadores e da igualdade perante o medo.

“Foi ouvindo todas estas pessoas ao longo da campanha e retribuindo uma promessa – que cumpri – que me apresento a eleições este domingo. Prometi que iria enfrentar o medo”, afirmou, defendendo que “precisamos de juntar forças para vencer esta crise”.

De resto, a candidata elogiou o comportamento dos portugueses perante a Covid-19, falando em “responsabilidade” evidente nas suas visitas a aldeias do interior e lembrando ainda vários conterrâneos que, por se encontrarem na linha da frente do combate à doença, não se encontravam em Alcouce aquando da visita de quinta-feira à sua aldeia natal.

Para a eurodeputada, o voto de domingo é importante não só pelo contexto adverso em que o país e o mundo se encontram pela crise pandémica, mas também para “sinalizar” as intenções do eleitorado de proteção dos serviços públicos e de vitória da solidariedade.

“Insisti muito na defesa do SNS e dos serviços públicos, na defesa do emprego, no combate às alterações climáticas, na defesa da igualdade. Em cada paragem vi o exemplo de um povo a lutar, sem baixar os braços nem desistir. Este é mesmo o jogo das nossas vidas”, apontou Marisa Matias.

Sem nunca se referir a nenhum adversário pelo nome, a candidata argumentou repetidas vezes que “a campanha virou” e que a solidariedade triunfará sobre “quem quisesse a campanha do ódio e do insulto”. A polémica com André Ventura também não foi esquecida, sendo que os pedidos de “vermelho em Belém” foram frequentes, incluindo em linguagem gestual.

“Domingo vamos decidir pelo voto, o voto pelo SNS, o voto contra a precariedade, o voto por todos os homens e mulheres. Se toda a esquerda for votar, conseguimos”, apelou Marisa Matias, repetindo a esperança de que “a força da solidariedade vai vencer”. “Domingo é vermelho em Belém”, rematou.

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