Marta Temido, ministra da Saúde, apelou esta tarde aos portugueses para que não deixem de trabalhar e insta a que cada um reflita nos seus comportamentos que deverão ser adotados tendo em conta a propagação do novo coronavírus.
A ministra da Saúde comparou o cenário que hoje se vive em Portugal e na Europa como se fosse “um momento de guerra”. E, tal como numa guerra, é preciso ter “disciplina”, frisou. E lembrou a resiliência dos ingleses durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha Nazi bombardeou a Inglaterra.
“Gostava de sublinhar que quando a Inglaterra sofreu ataques aéreos na Segunda Guerra Mundial, os ingleses mantiveram-se a trabalhar. Mesmo durante o blitz [nome dado ao fenómeno de ‘guerra relâmpago], os ingleses mantiveram-se a trabalhar”, frisou a ministra da Saúde.
“Nós não podemos interromper a nossa vida social porque não podemos ficar sem pão, não podemos ficar água, não podemos ficar sem energia, não podemos ficar sem recolha de resíduos. Mas temos que adotar comportamentos apropriados ao momento que vivemos. Acho que a fatalidade com que hoje nos confrontamos e a gravidade deste momento devem fazer com que todos reflitam sobre aquilo que é esperado de cada um”, referiu.
Marta Temido vincou ainda que um dos riscos que afronta a nossa sociedade é o risco “é o risco de a nossa sociedade se desestruturar”. “Não podemos permitir que também isso aconteça”, salientou.
A ministra da Saúde deu esta tarde uma conferência de imprensa ao lado de Graça Freitas, diretora da DGS, em que foi comunicada a primeira vítima mortal em Portugal infetada com o novo coronavírus.
Tratava-se de um homem de 80 anos que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria e que tinha várias comorbilidades [presença ou associação de duas ou mais doenças no mesmo paciente] associadas.
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