Marta Temido afirmou este sábado, 18 de abril, que “erradicar a Covid-19 não parece possível a curto e médio prazo”. Na habitual conferência de imprensa de apresentação dos últimos dados da pandemia em Portugal, a Ministra da Saúde começou por dizer que atualmente “cada caso confirmado gera atualmente e em média menos de um caso de transmissão (0,8%)”, acreditando que “o máximo da incidência tenha ficado entre os dias 23 e 25 de março”.
A Ministra da Saúde deixou um aviso de que Portugal tem de “estar preparado para a possibilidade de alternar períodos de maior contenção de movimentos, com períodos de maior alivio. Não porque nos enganamos na estratégia, não porque os portugueses estejam a fazer algo de errado, mas à luz do conhecimento essa alternância e adaptação de comportamentos poderá ser o melhor caminho para todos”.
Sobre os resultados alcançados até agora Marta Temido salienta que os mesmos “nos responsabilizam a todos ao nível do comportamento individual”, e que “os desafios que se colocam ao Serviço Nacional de Saúde estão longe de estar ultrapassados”.
No entanto, a Ministra da Saúde realçou o facto de que a “quebra de atividade existencial programada foi muito significativa. Em março as consultas médicas primárias sofreram uma quebra de 3,9%, as consultas hospitalares reduziram 5,7%, as cirurgias 5,3%”.
Marta Temido sublinhou que todos “aprendemos lições positivas nas últimas oito semanas e que são para manter”, acrescentando que estão a ser implementadas “todas as medidas para que não haja qualquer risco para os doentes não Covid que tenham necessidade de utilizar os serviços de saúde”.
Questionada sobre se já está definido um calendário para a retoma das atividades não Covid na área da saúde, a Ministra frisou que a “preocupação é garantir que esse calendário tem de ser acompanhado com um conjunto de medidas adicionais, nomeadamente, reforçar os equipamentos de proteção individual dos profissionais de saúde que estavam numa segunda linha de atividade, reforçam a higienização dos espaços ou separar utentes que estão em salas de espera”.
Marta Temido acrescentou que é preciso garantir que a reprogramação desta atividade normal “começa por atender os casos mais prioritários e que foram suspensos”, sendo esse “um trabalho de bastidores que será feito ao longo da próxima semana”.
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