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Marta Temido: preço por internamento de doente Covid-19 em hospital fora do SNS passou para 2.495 euros

A ministra da Saúde esclarece que um preço por internamento de doente Covid-19 num hospital fora da rede do SNS passou de 1.962 euros [valor diário] para 2.495 euros. Num hospital dentro da rede o valor é de 2.759 euros.
  • Marta Temido, ministra da Saúde
13 Novembro 2020, 16h04

A ministra da Saúde esclareceu esta sexta-feira o quadro de preços referente aos doentes infetados por Covid-19 que estão a receber tratamento tanto nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) como nos hospitais do setor privado.

Segundo Marta Temido, “em abril de 2020, quando a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) preparou a primeira convenção extraordinária, não havia casuística de tratamento de Covid-19 que permitisse apurar um preço específico”. Oito meses depois, com base nos dados acumulados, conseguiu-se estabelecer um preço diário para tratamento de doentes Covid-19.

Assim, o internamento de um doente por Covid-19 em hospitais fora da rede do SNS era de 1.982 euros diários tendo agora subido para 2.495 euros.

Quanto ao preço para internamento em cuidados intensivos nos hospitais privados, Temido explica que se trata de um “preço fixo independentemente do período em que os doentes ficam lá” e que foi desdobrado agora em dois: ventilação inferior a 96 horas e outro superior a 96 horas, fixando-se agora nos 6.336 e 8.431 euros, respetivamente.

Quanto aos doentes Covid-19 que são tratados dentro da rede do SNS, o preço global “para todos os tipos de atos” é de 2.759 euros. “Alguns poderão dizer que o preço de tratamento do SNS é mais elevado do que o preço nos hospitais privados”, referiu a ministra durante a conferência de imprensa desta tarde. “Estes preços fixados foram preços apurados pelo custeio realizado pela ASCSS como é habitual com base nos custos”, sublinhou.

“Estamos a falar só de preços para doentes Covid, não houve qualquer alteração para doentes não Covid. Esta alteração que houve foi no sentido de tornar as convenções mais atrativas para os prestadores e assim melhorar aquilo que era a nossa dificuldade em ter respostas para doentes Covid”, explicou a ministra da Saúde.

Vacinação contra a gripe

Sobre a situação do programa de vacinação contra a gripe sazonal, Marta Temido esclarece que “só devem tomar a vacina as pessoas que têm indicações”. A resposta surge depois da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, ter admitido esta sexta-feira, de que não haveria vacinas para toda a população portuguesa.

“O país comprou mais vacinas este ano e partilhou-as com as farmácias”, afirmou a ministra da Saúde. “Tivemos uma procura de vacinas para a gripe sazonal como nunca tivemos e estamos a vacinar mais do que alguma vez vacinámos”.

Assim, segundo a responsável, já foram vacinadas 1,4 milhões de pessoas e estando ainda disponíveis 400 mil doses em pontos do SNS para vacinação. Marta Temido informou ainda que antecipa-se a chegada de novas doses para a última semana de novembro.

Surto de legionella em Portugal

Questionada sobre o surto de legionella no país, a responsável pela pasta da Saúde afirma que três hospitais na região Norte já contabilizaram vários casos de infeção, nomeadamente a unidade local de saúde que registou 43 casos, tendo 15 doentes internados (12 em enfermaria, dois em unidades de cuidados intermédios e um em unidades de cuidados intensivos).

Segundo Marta Temido, o hospital da Póvoa do Varzim, em Vila do Conde, somou 25 casos diagnosticados, tendo internado 16 doentes e o Centro hospitalar de São João soma oito casos internados.

 

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